O Acre é um dos estados, ao lado Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, que compõem o Consócio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
Neste final de semana, insatisfeitos com a pouca habilidade diplomática do presidente Jair Bolsonaro que culminou com a suspensão de recursos por parte da Alemanha e Noruega para ajudar na preservação da Amazônia, o consócio resolveu emitir uma nota onde lamentam a suspensão dos recursos e diz que o bloco de estados brasileiros vai dialogar diretamente com os países europeus e já teria, inclusive, informado oficialmente à presidência da República e as embaixadas de Noruega, Alemanha e França.
Um outro assunto abordado na nota é a reformulação do Fundo Amazônia. O bloco de estados amazônicos quer participar das discussões e reivindica que o Bando da Amazônia passe a ser o gestor do fundo, no lugar do BNDES que atualmente tem essa função.
Leia a nota na íntegra:
Sobre a suspensão dos recursos da Alemanha e Noruega para o Fundo Amazônia, o Governador do Amapá, Waldez Góes, na condição de presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, esclarece que:
1 – O bloco amazônico lamenta que as posições do governo brasileiro tenham provocado a suspensão dos recursos. Nós, governadores da Amazônia Legal, somos defensores incondicionais do Fundo Amazônia.
2 – Já informamos oficialmente ao Presidente da República, e às Embaixadas da Noruega, Alemanha e França, através de audiência e durante o Fórum em Palmas (TO), que o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal estará dialogando diretamente com os países financiadores do Fundo.
3 – No Planejamento Estratégico do Consórcio temos compromisso integral com o Desenvolvimento Sustentável. Somos radicalmente contra qualquer prática ilegal de atividades econômicas na região. No âmbito de nossas atuações, estamos firmes e vigilantes no combate e punição aos que querem atuar fora da lei. Por isso, estamos cobrando do Governo Federal o combate e a punição das atividades ilegais.
4 – Os governantes do bloco amazônico desejam participar diretamente das decisões para reformulação das regras do Fundo Amazônia, que estão sendo feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Queremos, ainda, que o Banco da Amazônia passe a ser o gestor financeiro do Fundo, em razão da proximidade da instituição financeira com os Estados, já que o Banco da Amazônia possui sede em todas as unidades do bloco.
5 – O Governo Federal sinalizou positivamente para uma agenda com os governadores dos Estados membros do Consórcio de Desenvolvimento da Amazônia Legal para tratar do Fundo Amazônia e outros temas relacionadas à política de Meio Ambiente.