Sem previsão de encerramento, o primeiro dia de julgamento dos 10 acusados de linchar o pedreiro Almir de Souza Moura, no dia 3 de setembro de 2017, foi marcado, até o momento, pela oitiva de testemunhas, sendo que, até às 19 horas, os interrogatórios tinham chegado apenas ao quinto depoimento de um total de 27.
A primeira testemunha a depor foi a segunda vítima no processo, que foi espancada, junto com Almir, mas sobreviveu para contar a história. No entanto, nada contou. Disse não lembrar de nada do que ocorreu no dia dos fatos. Em seguida depôs o policial civil Eurico Feitosa, que relatou os detalhes da investigação, seguido do delegado Alex Danny, que presidiu inquérito policial e fez os interrogatórios da fase policial. A quarta e a quinta testemunhas fecham a lista arrolada pela acusação. No entanto, o Ministério Público ainda poderá ouvir outras testemunhas como informantes.
A partir da sexta testemunha será a vez da defesa tentar trazer à luz as minúcias do crime cometido naquela madrugada de 3 de setembro de 2017, por meio do depoimento de pessoas que estavam no local do crime ou que tiveram contato com acusados e vítimas.
O conselho de sentença está composto por 4 homens e 3 mulheres que, nas próximas horas, vão decidir sobre o futuro dos 10 acusados. A presença do público não foi tão grande quanto se esperava nesse primeiro dia. Pela manhã, mãe e viúva da vítima choraram na plenária.
Quanto aos familiares dos acusados, o juiz Luís Gustavo Alcalde Pinto autorizou a entrada de apenas um parente por vez para evitar que houvesse tumultos, em razão da grande quantidade réus, e também para que não houvesse nenhum tipo de temor ou nervosismo por parte das testemunhas.