Movimentação intensa de máquinas, filas de espera em trechos de mão única, percurso lento em muitos pontos e necessidade de atenção redobrada dos motoristas nos locais onde a base já está ficando pronta para receber a primeira etapa da pavimentação. O material solto na estrada, principalmente areia e brita, oferece risco de acidentes e quebra de para-brisas. Esse é o cenário das obras de recuperação da BR-317, que estão sendo iniciadas no trecho Capixaba-Assis Brasil, que é onde estão os pontos mais críticos. O trabalho mais pesado, no entanto, ocorre entre Capixaba e Xapuri, onde os motoristas menos apressados estão demorando cerca de 1h20m para fazer o percurso de cerca de 90 quilômetros.
Enormes acampamentos montados à margem da estrada, entre o Entroncamento, na entrada para Xapuri e a Fazenda Araxá, demonstram a grandeza da obra. De acordo com o Analista de Infraestrutura de Transporte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-AC), João Nicácio Rodrigues Neto, durante os próximos dois anos e meio as obras de recuperação da BR vão receber investimentos de quase R$ 300 milhões. Só para esse ano, a previsão do departamento é de que sejam gastos R$ 40 milhões na rodovia federal que será totalmente recuperada desde a divisa do Acre com o Amazonas até o município de Assis Brasil. O consórcio de empresas que venceu a licitação é o mesmo que já executa as obras da BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
“A recuperação da estrada será completa. Toda a extensão da BR-317 dentro dos limites do Acre será restaurada, de ponta a ponta. É uma obra muito grande e, pelo o que já se pode perceber nos trabalhos que já estão sendo realizados, será um serviço de excelente qualidade. Nessa primeira etapa, que está apenas começando, estamos fazendo o trabalho mais pesado, nos locais que estavam mais críticos. Retirando todo aquele material que não serve mais e fazendo a compactação para que em breve apliquemos o asfalto frio. Posteriormente, virá a massa asfáltica final que terá até 4 centímetros de espessura”, explicou.
Apesar dos inevitáveis transtornos causados por uma obra desse porte, o sentimento de quem trafega numa das mais importantes estradas do Acre é de entusiasmo e esperança com a intervenção mais significante dos últimos 16 anos na rodovia que começa no município de Boca do Acre, no Amazonas, e segue até à fronteira com o Peru, em Assis Brasil. Há quase 20 anos na estrada na profissão de taxista, Jânio Barros, 55 anos, diz que a expectativa da categoria é muito grande com as obras que ele espera ter a qualidade que a movimentação de trabalhadores e equipamentos sugere.
“Nesses últimos 15 ou 16 anos não tinha visto um trabalho como esse na estrada. Acho que desde o primeiro governo do Jorge Viana. A expectativa dos taxistas é grande porque isso significa economia de peças, de combustível e de tempo. Sem contar a preservação de vidas humanas, pois tenho visto muitos acidentes graves causados por buracos. Será uma coisa muito boa para a população do Acre, principalmente para quem vive e trabalha na região do Alto Acre”, afirmou o profissional.
As obras realizadas na BR-317 já estão, inclusive, produzindo efeitos na acanhada economia do município de Xapuri. A movimentação de trabalhadores do consórcio vencedor da licitação favorece diretamente os restaurantes e pousadas da cidade. Para o bancário aposentado e empresário João Lopes Mendes Filho, o João Garrinha, 73 anos, proprietário da Pousada Chapurys, o reflexo da obra no seu negócio se deu em razão de o consórcio das empresas que executam os serviços haverem alugado praticamente todos os hotéis e pousadas da cidade. Mesmo não tendo sido contratada, a pousada de João Garrinha se beneficia por ter se tornado uma das poucas opções de hospedagem na cidade durante esse período.
“Com certeza é uma novidade muito positiva para Xapuri, tudo o que chega de benefício para a nossa cidade é muito bem-vindo. É um reforço para as finanças de muita gente. Só o fato dessas empresas terem alugado quase todos os hotéis, isso já mexe com a economia local e dá um fôlego para os empresários do ramo”, comemorou.
Os investimentos na BR-317 foram anunciados ainda no mês de março desse ano quando o governador Gladson Cameli fez a sua primeira visita à regional do Alto Acre acompanhado pelo superintendente Dnit-AC, Carlos Henrique de Assis Moraes. A garantia dada por Cameli foi resultado do compromisso assumido com o governante acreano pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ainda no começo do ano. Gladson explicou a importância da rodovia para a integração dos municípios do Alto Acre e solicitou celeridade na execução das obras.
Ainda naquela ocasião, o governador acreano anunciou o início das obras do anel viário entre as cidades de Brasiléia para este ano. O investimento vai desviar a BR-317 do trecho urbano e a construção da nova ponte sobre o Rio Acre facilitando o tráfego de veículos pesados na região.
“Estamos correndo contra o tempo para não perder essa emenda de R$ 60 milhões. Lembro que o anel viário foi uma luta minha quando ainda era senador da República e agora, como governador, a dedicação será dobrada para garantir este importante investimento para Brasiléia e Epitaciolândia”, ressaltou.
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