A análise dos números divulgados pelo Atlas da Violência 2019, mostra o quão gigante é o desafio de combater a violência no Acre.
A divulgação dos dados que são referentes ao ano de 2017 e são do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostra que o Acre tem se tornado protagonista, infelizmente, da violência quando se faz um comparativo com outros estados brasileiros.
No quesito da violência contra jovens o Acre tem o quinto pior cenário do país com uma taxa de 126,3 assassinatos a cada 100 mil jovens. Nessa estatística que o estudo chama de “violência perdida”, o Acre é único estado da Região Norte que aparece no ranking dos cinco primeiros que é liderado pelo Rio Grande do Norte e todos os outros demais estados são do Nordeste brasileiro. A quantidade de assassinatos no Acre é impulsionada nos últimos anos pela guerra de facções que se instalou no estado e que vitimiza, em sua maioria, jovens oriundos de regiões periféricas.
Já na violência contra a mulher, o Acre também, infelizmente se destaca. O Brasil teve em 2017 uma média assombrosa de 13 mulheres assassinadas por dia. O estado do Acre é dono da terceira maior taxa do país, com 8,3 mulheres mortas em um universo de 100 mil. O estado com a maior taxa é Roraima, seguido do Rio Grande do Norte
Com tantos dados negativos, vem da Polícia Civil os números que dão um alento na área de segurança pública.
Segundo levantamento, a taxa de elucidação de homicídios no Acre cresceu de 1º de janeiro até o dia 7 de agosto deste ano. Segundo o levantamento da Polícia Civil o Acre registrou até a última quarta-feira, 174 homicídios em todo o estado. Deste número, 71 foram elucidados, o que representa uma taxa de 59%, bem acima da nacional que gira em torno de 15%.
Outro número favorável é que segundo um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Acre é o primeiro do país onde os inquéritos realizados nas delegacias resultam em condenações na justiça.
“O CNJ apontou que nosso índice é de 76%, o que comprova a qualidade do trabalho realizado pelos nossos delegados, o que comprova que nosso trabalho é muito bem feito, já que o inquérito é a base de todo o processo. Em relação à elucidação dos homicídios, a tendência é aumentar ainda mais já que estamos reforçando as delegacias especialistas com mais delegados e temos a posse de novos 275 policiais”, garantiu José Henrique Maciel, diretor-geral de Polícia Civil do Acre.
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