No Hospital da Família, em Porto Walter, onde vivem cerca de 12 mil pessoas, sempre um médico trabalha sozinho atendendo a população durante 15 dias. Se reveza com outro médico, que também só atende na unidade por 15 dias.
A situação precariza o atendimento. Nesta quarta-feira (7) pela manhã, o agricultor Manoel Ferreira da Silva, estava aflito na frente do Hospital porque o irmão está internado e o médico não havia prescrito a medicação. “O médico veio aqui e saiu logo”, reclama.
O médico Osni Falcão, que voltou ao Hospital enquanto o ac24horas ouvia a reclamação, confirma que se ausenta porque também atende em uma Unidade Básica de Saúde do Município. Diz que o outro colega mora parte do mês em uma cidade vizinha. Osni Falcão afirma que se desdobra para não deixar as pessoas sem atendimento no hospital e na UBS e espera que haja reforço no quadro de profissionais de Porto Walter, no Concurso que será realizado no domingo, 11.
No certame constam duas vagas para médico em Porto Walter.
O médico diz que além de profissionais, também faltam equipamentos e medicamentos básico no Hospital da Família de Porto Walter. “Não temos respirador, eletrocardiograma, nem medicamentos para o caso de aumentar a pressão para pacientes em choque, não temos remédio para problema respiratório pediátrico. Para atuar no interior é preciso ter coragem”.
No hospital são atendidos casos de urgência e emergência e partos. Em Porto Walter, há 5 Unidades Básicas de Saúde do Município.
O gestor do Hospital da Família, enfermeiro Roberto Barros, explica que os casos mais complicados são enviados para Cruzeiro do Sul. A média, segundo ele, é de 8 pacientes de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), mensais. Barros mostra o depósito de medicamentos e insumos com vários itens de diz que a Secretaria Estadual de Saúde “mantém os estoques em dia”.