É muito fogo
O clima seco, típico do chamado verão amazônico, caratcerizado pela ausência de chuvas, se torna a época do ano onde se intensificam as queimadas urbanas e rurais que contribuem para prejudicar a saúde de quem tem problema respiratório, principalmente adultos e crianças.
Em 2019, parece ser um ano onde, mesmo com as campanhas de prevenção, as pessoas ainda não entenderam o prejuízo que é fazer uso do fogo. O mais complicado é que muitas vezes estamos falando de queimadas de lixo urbano, onde por uma questão cultural, as pessoas ainda mantem o nocivo hábito de juntas folhas e lixo e tocar fogo no quintal.
O problema se torna ainda maior é que além da fumaça, que por si só já prejudica a saúde da população, nesses últimos dias os ventos constantes ajudam a espalhar o fogo, fazendo com que uma simples queima de lixo se torne um incêndio e possa provocar, inclusive, uma tragédia.
A prova de que entramos no período mais crítico de queimadas vem do Corpo de Bombeiros. Somente durante o final de semana, a corporação recebeu 374 ocorrências com fogo. Por incrível que pareça, esses números, que são altissimos, se referem apenas á Rio Branco.
“Nós estamos com um risco muito alto de incêndio. Então qualquer queimadazinha que você fizer pode perder o controle. O que aconteceu neste final de semana é que as pessoas não sabem que com esse vento presente na nossa cidade desde sexta-feira, é possível perder o controle de uma queimada muito rapidamente”, afirma Major Claudio Falcão, Corpo de Bombeiros do Acre.
O militar alerta ainda que é crime praticar queimadas, mesmo que seja de lixo urbano. “É proibido pela legislação e a pessoa se for flagranteada pode ser punida, multada e até presa. A recomendação é que não se utilize fogo de maneira nenhuma”, explica Falcão.
Fotos: assessoria Corpo de Bombeiros