Nesta quarta-feira, 24, o diretor do Complexo Penitenciário Manoel Neri, Missael Lima, segue para Rio Branco levando farinha produzida pelos presos de Cruzeiro do Sul para distribuir na Expoacre, que terá início no sábado, 27. Serão distribuídas gratuitamente 600 amostras de 150 gramas para os visitantes da Expoacre e o artesanato será comercializado. A ideia é mostrar à sociedade a importância e o resultado do trabalho dos presos para ressocialização.
“Trabalhando o preso diminui a pena e tem uma pequena renda. O clima atual dentro do presídio melhorou muito com a maior inclusão de presos em atividades como a produção de farinha, horta, lavagem de veículos, corte de cabelo, limpeza e manutenção do presídio e na marcenaria” , cita o diretor.
Dos 870 presos do Complexo Manoel Neri, 102 trabalham, quantidade que vem sendo ampliada na atual gestão, bem como as atividades oferecidas. ” Trabalhando, eles se sentem cidadãos integrados à sociedade”, cita o diretor, que pretende implantar no local a piscicultura e serviços como de borracharia e serralheria.
Na Expojuruá, que será realizada em Cruzeiro do Sul nos dias 31 de agosto e 1° de setembro, também haverá a distribuição gratuita de farinha e a comercialização de artesanato produzidos no Complexo Penitenciário Manoel Neri.
Presos produzem uma tonelada de farinha por mês em Cruzeiro
Mensalmente os presos do Complexo Manoel Neri produzem uma tonelada de farinha. Além de fazer a farinha com a mandioca do presídio, também fazem o produto com macaxeira de produtores locais, por meio de parceria.
O trabalho garante farinha para o consumo interno e a venda no mercado local. A renda média mensal para o presídio é de R$ 2.600. Dinheiro, que segundo o diretor, Missael Melo, serve para a compra de itens como remédios ( os não fornecidos pela rede pública), roupas e artigos de expediente para o presídio. Caso a família do preso necessite, também pode acessar uma parte dos recursos.
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