Durante Audiência Pública realizada na última quarta feira, 10, em Cruzeiro do Sul, os órgãos de fiscalização, como IMAC, liberaram o transporte de combustível para Porto Walter e Marechal Thaumaturgo de forma emergencial, com prazo de 60 dias para as adequações e legalizações.
A operação de transbordo e transporte deveria ter começado ontem, 11, mas até agora nenhuma embarcação foi abastecida para seguir viagem para as duas cidades no local já autorizado pela Agência de Transportes Aquários ANTAQ, próximo à travessia de Rodrigues Alves. Segundo o prefeito de Porto Walter, Zezinho Barbary, o IMAC não cumpriu o acordo firmado na Audiência Pública por meio de ata, flexibilizando com relação à algumas exigências até o prazo de 60 dias, quando a estrutura de transbordo e transporte estiver totalmente adequado às normas de todos os órgãos de fiscalização.
No local, que pertence a uma empresa cruzeirense, as embarcações serão abastecidos por um caminhão por meio de uma mangueira, como era feito no barco que explodiu no dia 7 de junho no Rio Juruá. A diferença é que agora o espaço é afastado de casas e outros barcos e não poderá haver passageiros na viagem. O combustível também não poderá mais ser levado em caixas plásticas. No dia da explosão do barco, 18 pessoa estavam embarcadas enquanto era feito o abastecimento de 5 mil litros de gasolina.
Nas duas cidades, pela falta de combustível já não há aulas, vacinação, coleta de lixo e outros serviços essenciais poderão ser suspensos. ” As duas cidades têm 30 mil habitantes, brasileiros que estão sendo abandonados pelo poder público. Os órgãos de fiscalização precisam entender que esse é um momento de emergência e que tudo será legalizado. Mas enquanto isso nossas crianças ficam sem aula, merenda escolar e vacinas”, cita o prefeito.
Na Audiência Pública estavam representantes da Agência Nacional do Petróleo, Marinha do Brasil, IMAC, Bombeiros, empresas distribuidoras e transportadoras de combustível e prefeitos de Porto Walter, Zezinho Barbary, de Marechal Thaumaturgo, Isaac Piyãko e de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, que levou a Audiência Pública, que era realizada no CRIE, para seu gabinete.