A presença ontem na Assembléia Legislativa do secretário de Agricultura, Paulo Wadt, para expor aos deputados os seus planos para o setor foi num clima de tranqüilidade. Não se confirmou a denúncia de usar o cargo para fazer corretagem de terras no Acre para empresários rondonienses, revelação que os deputados de oposição esperavam que acontecesse, por parte de empresários rurais na audiência. O que chamou mais atenção foram os desdobramentos políticos da sua briga com a deputada federal Mara Rocha (PSDB), que pressionou o governador Gladson Cameli para lhe tirar do cargo, e por não conseguir rompeu com o governo. Ficou se conhecendo mais uma ala dos tucanos acreanos: se conhecia a ala dos tucanos de bicos duros, tucanos de bicos moles, e surgiu a mais nova: a ala dos tucanos do bico largo e garganta profunda. Falando ontem à noite ao BLOG DO CRICA, Wadt disse que até agora não entende a campanha que lhe moveu a parlamentar. “Acho que faltou por parte do seu partido lhe dar uma orientação de que os espaços foram preservados. O PSDB tem hoje indicados na estrutura da Agricultura 38 cargos de confiança, inclusive, os de maior expressão. Até hoje estou sem entender a campanha que vem movendo contra a minha pessoa”, comentou Wadt. Ele elogiou a postura do senador Sérgio Petecão (PSD), cujo partido mesmo tendo cargos no órgão não o pressiona por mais espaços e mantém uma relação de cordialidade. Falou que a sua luta principal é atender a determinação do governador Gladson Cameli de criar novos mecanismos que desembaracem as atividades do homem do campo, para que o agronegócio possa fluir. Dois projetos que acabam com a burocracia ambiental serão enviados pelo governo para serem votados na ALEAC. A ordem é destravar a economia.
MÃO AMIGA NO OMBRO
O secretário Paulo Wadt revelou ainda que, no auge da pressão que lhe movia a deputada federal Mara Rocha para lhe tirar do cargo, recebeu às 5 horas da manhã um telefonema do governador Gladson Cameli lhe dizendo para ele ficar sereno, pois, seria mantido.
ALGUMA COISA TEM QUE SER FEITA
Colocar, por exemplo, policiais disfarçados nos ônibus, mas o que não pode continuar acontecendo é a série de arrastões nos coletivos, que só este primeiro semestre, segundo dados divulgados na mídia, atingiram a 90 coletivos. E quatro no último fim de semana.
É TÃO DIFÍCIL ASSIM?
Chamariz destes assaltos são os roubos de celulares dos passageiros. Todo mundo sabe onde se concentra na capital o conglomerado que mexe com consertos de celulares. Se não brecar a receptação o roubo de aparelhos continuará atrativo. É a lei comercial da oferta e da procura.
EPISÓDIO POLÍTICO
Lembro que até uma batida neste centro de comercialização de celulares para apreender os que não tinham Nota Fiscal chegou a ser programada pouco antes da última campanha, mas foi brecada sob alegação que poderia prejudicar a candidatura petista ao governo.
O JV VAI PAPAR
Com esta movimentação toda e já chegando a três os políticos que manifestaram a intenção de disputar o Senado em 2022, estão criando um caldo de cultura para a volta do Jorge Viana (PT) ao Senado. Como candidato único do PT, e o grupo do governo dividido, o JV papa.
TUDO AGAPITO
Continuo afirmando que não aposto um centavo furado que o PT terá candidato próprio a prefeito de Rio Branco. Jorge Viana só tem olhos para o andar de cima, o Senado em 2022, e o Angelim não vai aceitar ser jogado ás feras pela DR. São os nomes de maior densidade no PT.
DEVAGAR COM O ANDOR
O diretor do IMAC, André Hassem, é um entusiasmado com o trabalho político da deputada federal Wanda Denir (SD) e já aventa até a sua candidatura à governadora. Devagar com o andor, o fato de se eleger Federal não a transforma numa expressiva liderança estadual.
SEM NOME NO JURUÁ
Começa eleição e finda eleição e o PT não consegue forjar em Cruzeiro do Sul uma liderança capaz de entrar na disputa da prefeitura do município com chance de vitória. A pindaíba de uma candidatura de densidade eleitoral se repetirá na eleição do próximo ano para prefeitura.
PONTO PARA A PM
Deve-se ressaltar também a parte positiva da polícia. Para se ter noção do tamanho da criminalidade e o quanto Rio Branco continua uma cidade violenta, a PM recuperou só neste primeiro semestre, seiscentos e quarenta e nove motocicletas roubadas e 142 carros.
TEMEROSO PELO INSUCESSO
O deputado Jenilson Lopes (PCdoB), disse ontem em fala na ALEAC, estar temeroso com o futuro do sistema de Saúde do Estado, já que a secretária Mônica Feres não fez até o momento visitas às unidades do interior e já criou problemas de relação com os servidores.
MUITO A COMBATER
Para o deputado Jenilson Lopes (PCdoB) há muito para a secretária de Saúde, Mônica Feres, resolver, como por exemplo, a falta de medicamentos, de médicos, enfermeiros, e não terá sucesso sem não tiver os servidores ao seu lado. Fico na dúvida do seu sucesso, enfatizou.
APOSTA JOVEM
A filiação do Márcio Pereira no PROGRESSISTA a convite do deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTA), para disputar no próximo ano a prefeitura de Plácido de Castro foi uma bola dentro. Tem que se apostar na juventude. E o Márcio é um jovem com experiência política.
JUVENTUDE CONTRA O CACIQUISMO
Será uma disputa interessante pela prefeitura de Plácido de Castro, entre o prefeito Gedeon (PSDB), um velho cacique regional, e uma nova liderança que é o Márcio Pereira (PROGRESSISTA), que busca seguir o caminho do pai Luiz Pereira, que já foi prefeito daquele município. E um prefeito querido, registre-se.
BOA CONVERSA
O programa de entrevista, “Boa Conversa”, de hoje, no ac24horas, será com a prefeita Socorro Neri. Haverá muito para perguntar de forma clara, e sem nenhuma, com os temas livres.
NADA MAIS QUE A OBRIGAÇÃO
A ida dos secretários Mônica Feres e Paulo Wadt à Assembléia Legislativa para serem ouvidos pelos deputados não pode ter o peixe vendido como se fosse uma concessão, um favor, pois, quem ocupa um cargo público de mando tem a obrigação de prestar contas do que faz. Ponto.
OLHANDO PARA 2022
Os olhos do ex-deputado Ney Amorim (sem partido) estão voltados para 2022, quando pretende disputar uma vaga de deputado federal. A PMRB não está nos seus planos.
BOM SEMESTRE
A Assembléia Legislativa estará fechando esta semana o primeiro período desta Legislatura, com um saldo que pode ser considerado como bom pelos debates travados entre a base do governo e a oposição. Foram debates duros, com um ou outro excesso, mas nada anormal.
CAMINHÃO DE MELANCIA
A base do governo foi como um caminhão lotado de melancias, que na viagem acabou por se acomodar. Começou esfacelada, com a oposição ainda que minoritária, dando o tom dos debates, mas com a chegada do deputado Luiz Tchê (PDT) a liderança do governo se uniu.
AGIU COMO UM MAGISTRADO
A presença do deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTA) na presidência da Assembléia Legislativa foi importante para que o governo conseguisse a unidade da sua base. Nicolau é sobremaneira um conciliador. Importante também foi ter na mesa como primeiro secretário o deputado Luiz Gonzaga (PSDB), que é outro parlamentar que prima pelo diálogo franco.
VAI DEPENDER DELE
Na parte política, o governador Gladson Cameli não terá problemas. Na Assembléia Legislativa tem número de deputados suficientes para aprovar os seus projetos. É apoiado por três senadores, e dos oito deputados federais só não conta com a Perpétua Almeida (PCdoB), que é oposição ao seu governo, e a dissidente Mara Rocha (PSDB), que rompeu com a base governista. Vai depender dele, portanto, fazer um bom governo, tem as ferramentas políticas.
CADA QUAL NO SEU QUADRADO
Quem ocupa cargos públicos de relevância tem de se entender, deixando de lado a questão partidária para focar no coletivo. O governador Gladson Cameli e a prefeita Socorro Neri se uniram e dividiram tarefas para tocar a EXPOACRE. Cada um no seu quadrado institucional.