Este ano já foram realizados 17 transplantes na Fundação Hospital do Estado do Acre (Fundhacre), sendo dois de fígado, dois rins e 13 de córneas. No Acre, cerca de 70 pessoas estão na fila de espera por um transplante.
A doação de órgãos ainda é um desafio no estado, mas o número de transplantes poderia ser maior. A recusa familiar, que é mais de 60%, e também a logística em relação a outros estados, dificultam a doação e o número de transplantes.
O Acre em algumas ocasiões deixa de fazer novos transplantes, pois a Central Nacional de Transplantes regula para o estado mais próximo considerando a vida útil do órgão. Por isso, a doação local é de fundamental importância para o aumento de transplantes.
“A divulgação e conscientização sobre doação é importante. Temos muitos pacientes em hemodiálise, que aguardam por uma doação”, explica médica nefrologista Jarine Nasserala, coordenadora do Serviço de Transplante Renal da Fundhacre.
“Há um ano e três meses o Estado não realizava transplante de rim. Estava parado por falta de insumos e de equipe cirúrgica, mas a Sesacre regularizou essa situação”, conta Jarine Nasserala.
No último sábado, 6, foram realizados dois transplantes de rins, graças a uma doação local. A família de uma pessoa do sexo masculino, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) decidiu realizar a doação que veio a beneficiar um homem de 44 anos, inscrito há um ano e um mês na fila de transplante e também uma mulher de 51 anos, que aguardava pela doação há mais de dois anos. Os dois sofriam com insuficiência renal crônica e faziam hemodiálise, procedimento que limpa e filtra o sangue por meio de equipamento específico.
Na manhã desta segunda-feira, 8, um avião da Força Área Brasileira pousou em Rio Branco, com um fígado vindo de um doador de Goiânia (GO). A doação garantiu que um senhor de 60 anos, inscrito há 40 dias na fila de espera, realizasse o transplante.
“É importante destacar que os transplantes não são feitos por tempo de espera, mas por compatibilidade, entre o doador e receptor. Para ser doador não precisar deixar nada por escrito, basta informar à família, pois, a doação é consentida, ou seja, precisa da autorização da família”, explica Regiane Ferrari, gerente da Central de Transplantes.
Agência de Notícias do Acre
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