Minha bronca , em si, não é pelas declarações do ministro do Meio Ambiente , Ricardo Sales, contra o modelo floresteiro do PT e tampouco com a sua condição de réu em processos de improbidade e falsidade ideológica. E não é por um motivo elementar: ele falou de algo que eu e mais uma meia dúzia de gatos pingados falamos há mais de décadas quando o partido dos companheiros estava com a popularidade topando nas nuvens, mas atualmente toda torcida do Flamengo sabe: a Florestania não apresentou os resultados compatíveis com o Evereste de recursos investidos nos diversos programas e atividades dela. Os dados socioeconômicos em algumas situações até pioraram. Quanto a folha corrida dele isso é um assunto para a justiça.
Minha repulsa é quanto à hipocrisia e ao oportunismo barato do ministro e da comitiva que o ciceroneava. Via de regra, esses visitantes de um dia chegam ao Acre sem de nada saber. Chegam aqui “voando” e, por essa razão, previamente se alimentam de informações sobre quais assuntos devem se referir nas suas entrevistas. Fui deputado durante 12 anos e fiz parte de comitivas e também dei “toques” sobre temas que poderiam ser abordados pelos visitantes.
Abro aqui uma brecha neste texto para ilustrar o nível do desconhecimento deles sobre os temas locais: como parlamentar eu tinha a prerrogativa de assistir às sessões secretas da CPI do Narcotráfico. Numa dessas sessões a deputada Laura Carneiro fez a seguinte pergunta a um depoente oriundo do Vale do Juruá, cujo nome vou preservar: “Qual o seu relacionamento com o senhor Manoel Urbano?” Tremendo feito vara no remanso, humilhado e suando como tampa de chaleira, o inquirido respondeu à deputada que não tinha nenhum relacionamento e nem o conhecia. Mal sabia a deputada-mariposa que Manoel Urbano é o nome de um dos nossos municípios. No outro dia, o deputado João Correia, em pronunciamento na tribuna da Assembleia, disse que. apresentaria à CPI o marechal Assis Brasil.
Então é isso: a minha birra é contra covardia. Provavelmente, dentro do avião, os mesmos que passaram a maior parte de suas vidas de parlamentares como “macacas” de auditório do PT, alimentaram o ministro com estes argumentos: “ mete o pau na Marina, fala que a Florestania foi um fracasso” . Agora é fácil. O PT foi a nocaute. Se esta mesma turba tivesse tutano para enfrentar o Jorge Viana, com certeza, o Acre estaria num rumo bem melhor. O gesto deles significa morder a mão que os alimentou.
Nos tempos áureos e das vacas gordas do PT os bacanas de ontem e valentões de hoje não viam nenhum problema no odor das fezes que escorregava pelo leito do canal da Maternidade, desde, óbvio, que estivessem se esbaldando no chopp gelado e na comida árabe do restaurante O Paço.
É importante também não esquecer que as fezes dos acreanos não fedem mais, nem menos que as fezes dos paulistas, do Estado mais rico do país do qual o atual ministro foi secretário do Meio Ambiente e os esgotos também correm ao Deus dará.
Nos quatro cantos desse Estado quem ouviu a minha voz sabe que sempre expressei minhas profundas divergências com o modelo de desenvolvimento adorado pelo PT e tenho profundas discordâncias com a ex-senadora Marina Silva. Naquela época dura, do tudo dominado pelo petismo, eu era considerado como um dos políticos que “remava” para trás. Os instrutores do ministro-réu remavam para frente.
No entanto, quando viram que a canoa perdeu a quilha e rumava desgovernada cuidaram de pular fora dela.
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