Triplica procura por vacina contra meningite nos postos e centros de saúde em Rio Branco

Com os últimos casos confirmados de meningite e uma onda de notícias falsas sobre um surto da doença no Acre, os postos e centros de saúde estão lotados nos últimos dias.

A população tem ido até as unidades de saúde à procura da vacina, que é o método mais eficaz para evitar a meningite. O problema é que a grande maioria de quem vai até um posto de saúde, volta sem se vacinar.

Na manhã de hoje, o ac24horas esteve no Barral y Barral e comprovou o aumento na procura pela vacina. É o caso da dona de casa, Rosilene da Silva. Estou preocupada, pois apareceu muitos casos. Eu já tive uma vizinha que teve uma filha que morreu de meningite. Por isso, trouxe minhas filhas para ser vacinadas”, diz.

Dona Rosilene voltou sem vacinar as filhas, já que as vacinas disponíveis nos postos e centros de saúde capazes de imunizar contra a meningite são as seguintes: a primeira é a Meningocócica conjugada C que deve ser administrada a 1ª dose aos três meses, 2ª dose aos cinco meses e reforço aos 12 meses, além de dose única ou reforço para adolescentes de 11 a 14 anos; a segunda vacina disponível imuniza contra a Pneumocócica 10 valente (1ª dose aos dois meses; 2ª dose aos quatro meses, e reforço aos 12 meses); uma terceira vacina, a Pentavalente é administrada a1ª dose aos dois meses, 2ª dose aos quatro meses e 3ª dose aos seis meses, e a quarta é a BCG, que aplicado assim que o bebê nasce.

Sesacre garante que não há surto de meningite no Acre

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), a correria até os postos, influenciada por fake news divulgadas pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, é desnecessária, já que não há surto da doença no Acre.

Os números apontam o contrário. Segundo o governo, há uma diminuição de 41% nos casos de meningite registrados no Acre em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em 2018 foram confirmados 12 casos de meningite de janeiro a junho, enquanto que em 2019 são sete casos confirmados no primeiro semestre. Dois casos suspeitos ainda estão sob investigação. No ano anterior foram registradas cinco mortes no primeiro semestre. No mesmo período deste ano ocorreram três mortes.