Já se passaram 57 anos de emancipação administrava e política e o Estado do Acre ainda não conseguiu largar a barra da saia da União. Somos completamente dependentes da distribuição federativa dos recursos e da generosidade do governo federal. Um hipotético blecaute no FPE seria suficiente para abater toda economia acreana. Não há um segmento social ou econômico que seja capaz de sinalizar autonomia. A iniciativa privada é toda ponto.gov.
De certa forma essa dependência nos deixou mal acostumados. Não é necessário qualquer esforço ou contrapartida. Faça chuva ou faça sol, dias 10, 20 e 30 os repasses decenais do FPE são creditados na conta do governo. Junte-se a esse montante outras fontes que nem tardam e nem falham: os benefícios sociais e as aposentadorias do INSS, incluídos os soldados da borracha.
Em alguns municípios esse montante de recursos impactam mais que a ação das prefeituras e do governo do Estado juntos.
Crises políticas também são bem-vindas, pois sob qualquer aperto o presidente abre as torneiras das emendas para amaciar a fúria, a volúpia e a opinião dos nossos parlamentares.
Nossa receita interna é mais resultado da circulação da moeda do que sobre o valor agregado a qualquer produção interna. Em miúdos: recebemos os recursos federais em forma de repasses ou salários, gastamos e arrecadamos os impostos incidentes sobre o que adquirimos de outros Estados para consumir. É uma espécie de
pingue-pongue: bate e volta. O ingresso de receitas a partir do que produzimos é insignificante.
Resta-nos contentarmos com o crescimento das parcelas do FPE fermentadas pelo crescimento da arrecadação federal e, por consequência, da arrecadação interna.
Não se pode olvidar que perdemos a carona do desenvolvimento. Quando tivemos a oportunidade, deixamos o cavalo passar selado na nossa frente.
A união sempre foi muito gentil com o Acre. Os mais jovens, e aqueles que não estão nem aí, talvez não lembrem que o governo federal já tentou fazer do Acre o maior produtor de borracha de cultivo através dos programas PROBOR I,II e III. Era dinheiro à rodo que escorreu pelo ralo dos desvios. São Paulo e o Mato Grosso tomaram o canto que deveria ser nosso e são atualmente os campões de produtividade no setor e geram milhares de empregos.
Outro exemplo: entre os 27 entes da federação brasileira, o Acre é o único a dispor de três Zonas de Livre Comércio (Brasiléia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul ), às quais são dispensadas os mesmos benefícios fiscais destinados à Zona Franca de Manaus. Em todo esse tempo de existência dessas Zonas de incentivo o que se observa é que a zona se tornou o “passeio” de notas fiscais para acobertar operações meramente simuladas.
E pelo andar da carruagem por muitos e muitos anos ficaremos à margem do circuito produtivo do país.
Não por acaso, a renomada economista Maria da Conceição Tavares já se referiu ao Acre como uma dispendiosa ONG.
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