Em um telefone há pouco (14 horas) ao BLOG DO CRICA, o governador Gladson Cameli anunciou uma mudança radical na sua postura política até aqui adotada. Começou dizendo que repudia a forma agressiva e inaceitável da deputada federal Mara Rocha (PSDB) de lhe pressionar publicamente, ao declarar que, ou demite o secretário de Agricultura, Paulo Wadt, ou ela sairá da base do governo na Câmara Federal. “Posso lhe adiantar que não vou demitir o Paulo, não aceito nenhuma pressão e ela pode tomar o caminho político que quiser. Acabou o Gladson bonzinho, não vou abrir mão da minha autoridade para agradar ninguém”, destacou. E foi mais além, anunciando que, nesta segunda-feira vai mandar chamar o secretário de Segurança, Paulo César, e dizer que a partir de agora todas as decisões da pasta passarão por ele. “Não tenho nada do que reclamar do vice-governador Major Rocha, me respeita, mas como a deputada Mara Rocha me disse que o PSDB não tem a Segurança como cota do partido, mesmo o Major Rocha tendo recebido carta-branca para comandar o setor, tudo da pasta agora passará pelo meu gabinete, a Segurança será da minha cota pessoal”, anunciou.
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Gladson diz que não vai continuar governando sob pressão. Contou que tinha tido uma conversa em Brasília e feito um pacto com a deputada federal Mara Rocha (PSDB) de que remanejaria o secretário Paulo Wadt para outro setor, mas como ela se antecipou em me fazer cobrança e quebrar minha confiança, me pressionando pela mídia, o Paulo Wadt vai continuar à frente da Secretaria de Agricultura, onde não me dá trabalho e é um dos meus melhores secretários. “Não vou mudar, a decisão está tomada”, adiantou.
Gladson Cameli também falou que vai mandar chamar todos os dirigentes dos partidos para uma reunião esta semana e ser bastante claro: “quem quiser ficar ao meu lado tem que ser 100%, não aceito apoio pela metade, quem não quiser ficar a porta é a serventia da casa”, avisou.
O governador citou o MDB, como o partido com o qual não está contente, já que, dos seus três deputados apenas um apóia o governo na ALEAC. Para o governador, ele não pode mais ficar governando em meio a crises promovidas pelos partidos e deputados, já que todos estão com espaço no seu governo. “Acabou, Luis Carlos, agora é a favor ou é contra o meu governo, não aceito mais o meio termo e nem ser pressionado, o governador sou eu, preciso trabalhar em paz”, desabafou.
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