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O João de Barro e o Minoru Kinpara

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O João de Barro é um pássaro que constrói o seu ninho moldado em argila, com a aparência de uma casinha, como se fosse um pedreiro. Pois, bem o porta-voz da REDE, Júlio César, usou da fina ironia para fazer um alerta ao professor Minoru Kinpara, que está deixando o partido para se abrigar no PSDB. “Passarinho que acompanha João de Barro pode virar servente de pedreiro”, alertou Júlio. Segundo ele, Minoru indo para um grande partido ele pode pavimentar uma bela estrada na sua caminhada política ou mesmo sepultá-la. “Alertamos- e ele sabe muito bem – sobre os riscos de ir para um grande partido e lá na frente ser rifado pelos donos do partido”, destacou o Porta-Voz. Mas ressaltou que tudo caminha para uma “separação amigável”, que o considera como uma grande pessoa e que, mesmo saindo da REDE não se transformará em inimigo ou persona nom grata para o partido.


PAGANDO A CONTA


O projeto aprovado ontem por unanimidade na Assembléia Legislativa, de autoria do deputado Roberto Duarte (MDB), –foto – que obriga aos presidiários a bancarem os custos da manutenção e da aquisição das tornozeleiras eletrônicas, não tem nada de estapafúrdio, ao contrário, é uma iniciativa para que, quem cometa crimes sinta também no bolso a punição. Além de ser uma economia aos cofres estaduais, que gasta 4,5 milhões de reais só com a manutenção do aparato de monitoração eletrônica.


TEM COERÊNCIA


O projeto é coerente na aplicabilidade. Quando um preso está em progressão do regime penal tem que ter um emprego e dessa forma pode pagar, cita Duarte. O projeto teve também a defesa feita na tribuna pelo deputado Jenilson Lopes (PCdoB), para quem os que cometem crimes sofram uma punição pecuniária, não caindo tudo nas costas do Estado.


MUITO NATURAL


Vejo como muito natural a atuação de dona Linda Cameli, mãe do governador Gladson Cameli, sempre na defesa do filho de críticas nas redes sociais. Qual é a mãe que não defende o filho?


QUE É ISSO, NENÉM?


O deputado Neném Almeida ainda não assimilou o espírito de uma casa legislativa, onde não pode faltar o contraditório. Ficou furioso ontem pelo fato do deputado Jenilson Lopes (PCdoB) pedir aparte aos oradores. Neném, aparte não é só regimental, mas também é da democracia.


DISCUSSÃO MACABRA


Não entro na discussão macabra de que no governo passado morreram X e no atual governo morreram Y. Discuto a sensação de segurança. Em Sena Madureira e Cruzeiro do Sul a sensação já é sentida, mas não é na capital. E não me venham com corporativismo barato.


NÃO SE TORCE CONTRA


Quando se faz uma crítica ninguém torce contra, mas é buscando uma melhoria, como no caso da Segurança. Elogiável a ação e empenho das forças policiais no combate ao crime, mas no tocante a Rio Branco, esta continua uma cidade violenta. Quem quiser bajular, que bajule.


NÃO COMBINARAM COM A POPULAÇÃO


Os deputados que acham estar tudo às mil maravilhas faltam combinar com a população da capital. Na última pesquisa da RECORD, 50% responderam que a Segurança está no mesmo patamar do governo passado (um desastre no setor) e 27% consideram, que piorou. Alguma dúvida?


COBRANÇA JUSTA


O deputado Daniel Zen (PT), à frente da CPI da ENERGISA, diz que, a função não é baixar a tarifa da energia elétrica, mas que se encontrem parâmetros justos na leitura dos medidores de consumo. E também que se informatizem as leituras para o consumidor saber o que paga.


DESMENTINDO O ÓBVIO


O deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) tentou negar o óbvio: o descontentamento na base do governo. Não se muda a realidade com ironias. O líder do governo, deputado Luiz Tchê (PDT) é quem escancara a rebeldia da base, o que desmonta seu delírio de que está tudo bem.


QUEIMADO PELA LÍNGUA


Mas o deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) foi traído pela própria língua. Na mesma sessão da ALEAC em que disse que a base do governo está unida, atacou o líder do governo, deputado Tchê (PDT), de reclamar por não receber os cargos que almejava no governo. Um ataque grave e gratuito a um companheiro da base. Isso é que é “unidade”, não é Gerlen?


OPOSIÇÃO SOLIDÁRIA


Num fato inédito na ALEAC, a oposição foi solidária na defesa da permanência do deputado Tchê (PDT) na liderança do governo, sob o argumento de ser um conciliador. A defesa aberta foi feita ontem pelos deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Jenilson Lopes (PCdoB).


MIRANDO A VICE


O ex-prefeito Deda, presidente do PROS, disse ontem que a meta do partido em Brasiléia é chegar na eleição municipal com uma bancada de três a quatro vereadores. E, conseguindo isso, não descarta abrir uma discussão para indicar o vice da prefeita Fernanda Hassem.


ALTAMENTE ARTICULADO


O presidente do PROS, Deda, é fera. Joga para convencer a ex-deputada Leila Galvão disputar a prefeitura de Epitaciolândia em 2020; a prefeita Fernanda Hassem ser candidata a deputada federal em 2022, o que limparia a área de Brasiléia para a candidatura à reeleição da deputada Maria Antonia (PROS) correr solta no município. Se conseguir executar o plano, sairá por cima.


RISCO ALTO


É um risco alto para a ex-deputada Leila Galvão disputar a prefeitura de Epitaciolândia. Com seu partido, o PT, fora do poder, não teria estrutura de campanha, e se perder queimaria o seu filme para uma eventual disputa de vaga na ALEAC. É uma decisão para ser bem pensada.


NÃO É MORREDOR


Num município pequeno como Epitaciolândia, dependente de quase tudo da prefeitura, com quatro candidatos a prefeito, não seria fácil derrotar o prefeito Tião Flores, que não é amador em política, principalmente, com o poder nas mãos. É engano se pensar ao contrário.


TRABALHO MERITÓRIO


A deputada Antonia Sales (MDB) está fazendo um Raio-X da Saúde em todo Estado, levantando as carências do setor, para entregar um dossiê à secretária de Saúde, Mônica Feres, que veio de Brasília e não conhece a realidade do sistema estadual de Saúde.


ERA O QUE FALTAVA


O Hospital Regional do Juruá voltou a ter um bom atendimento, um fato que deve ser registrado, porque no governo passado funcionava mal. Não por culpa da direção e nem do corpo médico, mas porque atrasava meses o pagamento ás religiosas que o administram.


CONVERSA FINAL


O líder do governo, deputado Luiz Tchê (PDT), terá uma conversa decisiva hoje com o governador Gladson Cameli. Vai dizer que não aceita ser bombeiro de crises e ser um líder desprestigiado. A executiva do PDT fez um apelo para que abandone a liderança.


RAINHA DA INGLATERRA


Tchê é hoje uma espécie de Rainha da Inglaterra, tem o título de líder do governo, mas sem poder nenhum.


UM CUIDADO


O deputado Luiz Tchê (PDT) tome cuidado para não virar o boi de piranha do governo.


PELA CULATRA


A convocação do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, para falar ao Senado foi um tiro que saiu pela culatra dos que esperavam lhe colocar na parede e lhe desmoralizar. Saiu muito bem.


ATUAÇÃO SOCIAL


A primeira dama Ana Paula Cameli está fugindo do trivial de limitar-se a ser apenas a mulher do governador, ao enveredar por um belo trabalho social. A homenagem que recebeu da vereadora Lene Petecão (PSD) na Câmara Municipal de Rio Branco pelo seu trabalho foi justa.


BEM COMPLICADO


Caso o deputado Luiz Tchê (PDT) resolva entregar a liderança do governo na conversa de hoje com o governador Gladson Cameli, não vejo nenhum outro nome na base do governo com a sua experiência e maleabilidade para a condução do cargo mais espinhoso do parlamento.


CERIMONIAL CONTESTA


Em Nota enviada à coluna o Cerimonial do Governo contesta e estranha as reclamações dos deputados de que não foram avisados das solenidades alusivas às comemorações do Estado. Garante que enviou e-mails e fez a comunicação pelo Zap. Ou seja, não foi quem não quis.


VIROU UNANIMIDADE


O secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, virou unanimidade nos elogios dos deputados da base do governo, que o citam como um exemplo aos demais secretários. Vez por outra um deputado sobe à tribuna da ALEAC para lhe elogiar, por atender bem os que o procuram.


CENA PATÉTICA


Uma cena patética ontem no Senado: senadores respondendo por corrupção no STF, interrogando um Ministro da Justiça, no caso o Sérgio Moro. Como já disse o presidente da França, Charles De Gaulle: “o Brasil não é um país sério”.


LADO A LADO


O deputado federal Alan Rick (DEM) tem sido um aliado importante do prefeito Ilderley Cordeiro na construção da Orla de Cruzeiro do Sul. Foi sua a solicitação da reunião da bancada federal do Acre, com o Ministro do Desenvolvimento, Gustavo Canuto, para tratar do assunto.


FORA DA DISPUTA


O deputado Roberto Duarte (MDB) me revelou que não disputará a PMRB no próximo ano.


ESTAVAM AONDE?


Não se viu uma posição de condenação do Sindicato dos Pescadores de Cruzeiro do Sul contra o crime ambiental do descarte de peixes pescados na piracema no rio Juruá. Serve para quê?


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Luis Carlos Moreira Jorge

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