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Disputa do senado terá Jéssica Sales

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Com o anúncio do governador Gladson Cameli de que disputará a reeleição, a porteira da briga pela vaga do Senado, a acontecer em 2022, foi aberta nos partidos aliados do governo. E já surgiu a primeira candidata à vaga de senadora, a deputada federal Jéssica Sales (MDB). A confirmação foi feita ontem pelo seu pai, o ex-prefeito Vagner Sales. A sua estratégia passa por eleger os prefeitos de Jordão, Tarauacá e o maior número possível na região do Juruá. Outro investimento político dos Sales será na reeleição do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim. Outros nomes do grupo aliado ao governo também estão de olho na vaga do Senado, o vice-governador Major Rocha, que não tem escondido a sua intenção de candidatar-se e, possivelmente; a senadora Mailza Gomes (PROGRESSISTAS), cujo mandato findará em 2022, e que poderá também estar neste jogo. De princípio se descarta a candidatura única.


FORA DO GOVERNO


O secretário especial do governo, Vagner Sales, me disse ontem que espera apenas o governador Gladson retornar do Peru para entregar o cargo. Acha-se injustiçado por conta de um processo que envolveu a ELETROACRE, quando prefeito, pelo qual foi condenado por improbidade administrativa, mesmo tendo feito um parcelamento das dívidas da prefeitura.


CONFIRMANDO O QUE PUBLIQUEI


Quando o deputado Roberto Duarte (MDB) apresentou o projeto que proíbe a contratação pelo governo de pessoas com condenação jurídica para cargos de confiança, comentei neste espaço, que tinha atirado na paca e acertado na cotia. Forçou a saída do Vagner do governo.


BANCAR DO PRÓPRIO BOLSO


Numa conversa preliminar ontem Vagner Sales revelou ter tido com o governador Gladson, este prometeu que, mesmo após sua exoneração continuará no seu gabinete e o salário será pago do seu bolso. Ou seja, deixará o governo de direito, mas não de fato. Não muda nada.


VAI ESTRONDOSA


Não me lembro de uma vaia tão estrondosa do que a levada ontem na ALEAC pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB). Quando discursava atacando o Ministro Sérgio Moro, foi interrompido aos gritos de …fora viúvas do PT, e por um coro Moro, Moro, Moro.. Lava Jato, Lava Jato…O coro era formado por servidores do Pró-Saúde e concursados da polícia.


DESGASTE CONTINUA GRANDE


Mesmo com algumas escorregadas do Gladson na montagem do seu governo, as vaias mostram que, a rejeição ao PT e ao aliado PCdoB, continua na mesma intensidade que levou os candidatos majoritários desses partidos à derrota na última eleição. PT virou palavrão.


NÃO CUSTA NADA SER SINCERO


Não custa nada o governo ser sincero com os servidores do Pró-Saúde, os demitidos e os em vias de demissão de que, ainda não encontrou um meio jurídico de mandar um projeto á ALEAC regularizando as suas situações. Tem que jogar com transparência com esse pessoal.


NÃO PODE REPETIR A CHANCHADA


O Gladson Cameli não pode repetir a chanchada do projeto do ex-deputado Raimundinho da Saúde para regularizar a situação no Pró-Saúde, que foi aprovado pelos deputados e declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado. Não sei como este nó será desatado.


CONVERSA FRANCA


Não adianta também o governador ficar alentando os concursados da PM e da Polícia Civil do cadastro de reserva, porque os gastos com pessoal estão quase no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Custa mandar a equipe econômica prestar os esclarecimentos?


GRANDE PECADO


O grande pecado do governo Gladson é não saber dizer não e não jogar com a realidade.


NÃO INVALIDA


Até entendo que foi uma relação não republicana entre o Juiz Sérgio Moro e o Procurador Dallagnol, mas isso não invalida o belo trabalho feito pela Lava Jato, que desbaratou a maior quadrilha de corrupção instalada no país. E o Lula, tem duas condenações e 9 processos.


PARTE CÔMICA


A parte cômica ontem nos debates da ALEAC sobre o Juiz Sérgio Moro, ficou por conta dos deputados Daniel Zen (PT) e Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS). Zen: “Moro vai para o inferno”. Gerlen: “o Lula já está no inferno há muito tempo”. Ninguém se conteve na galeria.


SEM FLEUMA


O deputado Daniel Zen (PT) saiu ontem das suas posições sempre centradas num linguajar de alto nível nos debates e da sua natural fleuma britânica. Destemperou na tribuna. “Bandido de Toga”, foi a adjetivação mais leve endereçada ao Juiz Sérgio Moro. Sem perder a ternura……


PAGODE DO GOV


Choveu pergunta ao BLOG sobre que diabo deu na cabeça do Gladson Cameli para contratar o pagodeiro Bruno Damasceno, o cavaquinho companheiro de todas as horas do Jorge Viana, com uma CEC-5? No mínimo, para montar um grupo denominado de “Pagode do GOV”.


JV VIBRANDO


O JV deve estar vibrando com a contratação do seu cavaquinho amigo das horas das cervejotas e petiscos, para uma alta CEC no governo.


CASA DO BATE-PAPO


É como já vem sendo chamada a nova Secretaria de Relações Institucionais, que foi resgatada do governo passado para abrigar o ex-secretário Alysson Bestene. Para lá já foram nomeados os deputados derrotados Nelson Sales e Jairo Carvalho. O que vai rolar é muito bate-papo.


NOME PARA TARAUACÁ


Junior Damasceno, que foi candidato a deputado federal pelo PROGRESSISTAS, é o nome com o qual o MDB conversa para disputar a prefeitura de Tarauacá.


PESQUISA É MOMENTO


A pesquisa da Rede Record, divulgada ontem pela TV-GAZETA e AC24horas, deve ser analisada no contexto do momento. Estamos a ano e meio da eleição. Não cabe a euforia para quem apareceu bem e nem abatimento para quem apareceu atrás. O jogo nem começou.


MEMÓRIA ELEITORAL


É natural que o Kinpara e a deputada federal Mara Rocha tenham aparecido nos dois primeiros lugares, porque é fruto da recente memória da última eleição, em que ambos foram bem votados na capital. Na verdade ficou bem para o PSDB. Mara é do partido e Minoru é o sonho de consumo do vice-governador Major Rocha para ser candidato à PMRB. Mara está fora.


CONVERSA FECHADA


A coluna tem a informação de que Minoru foi recebido esta semana no gabinete do vice-governador Major Rocha, que lhe ofereceu todas as garantias para a disputa da PMRB. Minoru manifestou o seu temor de filiar-se ao PSDB e depois ser rifado. As conversas avançaram.


PREFEITA SOCORRO NERI


A pesquisa da RECORD foi feita nos dias 6 e 7 de junho, pegando ainda o rescaldo negativo dos buracos que tinham tomado conta das ruas da cidade, deixados pelo ex-prefeito Marcus Alexandre. Depois da data, ela deu uma alavancada na pavimentação e tapa-buraco. Uma avaliação mais sensata de sua aceitação teria que ser feita ao fim do verão, quando terá completado todo o seu projeto. É natural, portanto, que apareça mal avaliada na pesquisa.


MOMENTO CERTO


O momento certo para se saber se a prefeita Socorro Neri terá ou não chance de reeleição e numa pesquisa no meado do próximo ano, porque nesta data terá decolado ou não a sua gestão. Fica na base do achismo se dizer com exatidão quem tem ou não tem chance, este ano.


VOTOS PESSOAIS


A pesquisa mostrou que o PT ainda sente os reflexos da derrota fragorosa da última eleição. Os 9% do ex-prefeito Raimundo Angelim se devem ao prestígio pessoal. E não e esperem que seja candidato. Na última vez que conversamos disse a PMRB estar fora da sua meta política.


ERRO DE ESTRATÉGIA


O deputado Roberto Duarte (MDB) apareceu muito mal na pesquisa para quem foi o parlamentar mais votado na capital. Cometeu um equívoco ao colar a sua imagem na ALEAC ao desgaste do PCdoB e PT, que vem da última eleição majoritária. E por um motivo: petistas e comunistas não votam nele. E por passar à opinião pública uma veia de oposição ao governo Gladson, perdeu o apoio dos aliados. Campanha majoritária é diferente, tem de aglutinar.


OUTRA HISTÓRIA


Eleição majoritária é outra história, o candidato tem de ter lado, é muito difícil uma candidatura a prefeito decolar se não tiver uma base de apoio sólida na campanha.


CAMINHO PERIGOSO


Quando o deputado Roberto Duarte (MDB) diz que não é oposição, mas “independente”, a declaração funciona para ele e não para o grande público, que fica na dúvida se está do lado da oposição ou do governo. E termina não tendo a confiança de nenhum dos lados.


QUE COISA MAIS LOUCA!


Num dia demitem o João Paulo Bittar, filho do senador Márcio Bittar (MDB), no outro contratam para o mesmo cargo. Se me pedirem uma explicação lógica, eu não tenho.


O QUE É A POLÍTICA!


Na questão do Juiz Sérgio Moro os apoiadores do derrotado Fernando Haddad (PT) se enchem de pruridos morais, mas não fazem um comentário sobre ter acontecido uma gravação clandestina dos celulares do Juiz e do Procurador. O mais grave é que defendem o fim da Lava Jato, fazendo o jogo dos condenados e dos que temem condenação. Dá para levar a sério?


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Luis Carlos Moreira Jorge

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