O rio Japim, que corta a cidade de Mâncio Lima, distante 679km da capital Rio Branco, mostra um paraíso escondido na região mais ocidental do Brasil muito pouco explorado pelo homem. O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, teve a oportunidade de narrar a vivência de ribeirinhos que moram às margens deste paraíso.
Sempre naveguei pelos nossos rios a trabalho, mas nunca para mostrá-lo dessa perspectiva. Eu via apenas como uma estrada, meio de comunicação que ligava a uma cidade ou comunidade”, relatada Santos.
O videomaker mostra que a maior biodiversidade do planeta se encontra perto de todos os acreanos, mas é muito pouco valorizada por sua gente. “Imponente, a floresta que aos poucos vai se revelando densa e fechada vai nos mostrando limites. O Japim é assim mesmo. Por conta dos acidentes há limite de hora para os barcos subirem, o que ajuda evitar ocorrências, que são mais frequentes no verão quando os rios da Amazônia estão secos”, explica o jornalista.
De Mâncio Lima até a Serra do Divisor são dezenas de comunidades, umas com até trinta famílias, e outras com menos. A fonte de renda é quase sempre as mesma: a macaxeira. Aqui e acolá existem pequenos plantios de frutas e verduras.
“Percebi os ribeirinhos bem mais conscientes de suas responsabilidades ambientais. Não vi desmatamento ou queimadas. Afinal, é uma área de preservação ambiental. Por fim, depois de ter conversado com tanta gente, cheguei a comunidade São Salvador, onde seus habitantes, em sua maioria, pertencem a mesma família. Renato, que mora no mesmo local faz 47 anos, produziu ano passado 100 sacas de farinha, no entanto, se queixa da falta de apoio do estado”, relatou.
O mesmo agricultor levou a reportagem para ver um trator abandonado pelo governo do estado. “ Esse trator está aqui há mais de um ano, poderia está trabalhando e ajudando fazer o ramal, já que no inverno, do roçado para cá, em lombo de boi demoro até uma hora para trazer a mercadoria até aqui”, diz indignado.
Assista a reportagem na íntegra: