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Servidores de Tarauacá vão à Câmara pedir impeachment da prefeita Marilete Vitorino

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Depois que a prefeita do município de Tarauacá, Marilete Vitorino (PSD), permitiu a publicação de um decreto que diminui o salário de mais de cem servidores públicos efetivos do município, os funcionários prejudicados foram até a Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira, 5, para protocolar o pedido de impeachment da prefeita.


Quem recebeu o pedido de impeachment foi a presidente da Câmara, Raquel Sousa (PT). Agora, fica a critério do parlamento a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar a denúncia. De acordo com os vereadores, a titular do poder executivo municipal será notificada para que possa formular defesa das acusações.


Segundo os servidores, a prefeita está deixando de cumprir uma lei de Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) no salário dos funcionários públicos do município. “Em 2016, a Câmara aprovou uma lei complementar que estabelece um novo PCCR aos servidores e até agora não entrou em vigor”, disse um dos presentes.

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Já existe uma ação judicial para que essa lei seja cumprida. Ainda de acordo com os servidores, “assim que ela assumiu o mandado, decretou, sem consultar a Câmara de Vereadores, a anulação dessa lei complementar, violando a constituição”, disseram.


Esta semana, o juiz da vara cível de Tarauacá, Guilherme Aparecido, suspendeu o efeito do decreto da gestora. Na sentença, o magistrado disse haver confusão jurídica no ato administrativo.


Insatisfeitos com a situação, os servidores públicos do município prejudicados com o decreto que reduz os salários afirmam que a prefeita comete crime de responsabilidade por se recusar a acatar uma lei municipal. “Essa situação está gerando um verdadeiro transtorno aos servidores. Só queremos que a lei seja cumprida, uma lei que foi aprovada pela ‘Casa do Povo’.”


Este não foi o primeiro pedido de impeachment encarado por Marilete. No início de seu mandato, ela também correu o risco de ser afastada do cargo por improbidade administrativa. Na ocasião, a justiça determinou a suspensão da CPI.


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