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Gladson não crê que o Acre fique fora da reforma da previdência

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O governador Gladson Cameli não trabalha com a possibilidade de os Estados ficarem fora da reforma da previdência. Ele foi o primeiro gorvernador brasileiro a pedir formalmente ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para que a reforma começasse pelos Estados.


Nos últimos dias, no entanto, o cenário de dificuldades na aprovação do texto-base da reforma tem criado nuances que podem não ser exatamente as que Gladson Cameli gostaria:  cresce no Congresso a ideia de retirar Estados e municípios desta primeira fase da reforma ou simplesmente passar a bola para os governadores definirem, junto com suas assembleias legislativa, o que fazer para o futuro previdenciário de sua população.


“Não há nenhuma informação oficial que confirme a retirada dos estados e municípios da reforma da previdência. O próprio relator da matéria, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que o que existe é um estudo, e é isso que a imprensa nacional tem divulgado”, disse ao ac24horas o governador Gladson Cameli, corroborando a tendência de não acreditar muito em tal mudança. Em entrevista no começo da tarde deste domingo (2) Gladson Cameli reafirmou que o  presidente Jair Bolsonaro tem deixado claro que é a favor dos estados e municípios. “Eu vou continuar acreditando já que essa inclusão é essencial para recuperar o Acre o outros estados da crise econômica que a população vivencia”, disse.

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Cameli não está sozinho: vários governadores decidiram, neste sábado (1), se mobilizar para evitar que Estados e municípios sejam excluídos da reforma da Previdência, o que estava sendo cogitado pelo relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), em acordo com o governo. Após reação negativa de governadores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que prefere mantê-los no projeto , mas ponderou que a decisão é da Câmara e que ele não tem “nada a ver com isso”.


O plano do relator e da equipe econômica era facilitar a aprovação da reforma no Congresso. Apesar da severa crise fiscal dos
Estados, boa parte dos parlamentares, sobretudo do chamado “centrão”, resiste a mexer nas aposentadorias dos servidores públicos de seus estados. Moreira disse que levará o tema, “polêmico e grave”, aos líderes partidários antes de concluir seu texto.


O Acre precisa reforma, segundo os gestores. Estima-se rombo de R$400 milhões com a cobertura do déficit previdenciário e em poucos anos os servidores da ativa serão insuficientes para manter aposentados e pensionistas.


A conta que há anos tem dificuldade para fechar colocou a gestão de Gladson Cameli numa encruzilhada. E qual luta ele  travará a partir de agora, uma vez que o cenário é de indefinição: “Vou  continuar acompanhando, mantendo a base no Congresso Nacional unida, em favor dos interesses da população acreana”.


 


 


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