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Família com Doença de Chagas só soude de diagnóstico em revisão de lâmina feita em Cruzeiro do Sul

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Na sala quente de hidratação do Pronto Socorro de Cruzeiro do Sul, Joana Angélica Cunha e os quatro filhos recebem tratamento para Doença de Chagas desde que chegaram de Marechal Thaumaturgo, há dois dias.


Na casa dela, só ficaram o marido e outro filho que não foram infectados, porque não estavam em casa quando o restante da família consumiu açaí , que teria sido triturado junto com o barbeiro, transmissor da doença.


Ela conta que no inicio deste ano, prepararam e consumiram o açaí e logo em seguida, todos começaram passar mal. Todos tiveram dor de cabeça e os corpos ficaram inchados. “Pensei que a gente tudo ia morrer. Eu nem sabia que existia essa doença aí”, conta emocionada.

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E o drama da família poderia ter virado tragédia, não fosse uma revisão de lâminas, conta Joana Angélica. “Os exames feitos em Marechal Thaumaturgo, não detectaram nada. Ai depois, por milagre, em Cruzeiro do Sul, fizeram a revisão e descobriram essa doença. E só agora mandaram trazer a gente de avião pelo T.F.D”, reata a mulher, que segue preocupada com a situação dos filhos.


O Laboratório de Revisão de Vigilância Estadual em Saúde de Cruzeiro do Sul, confirma a revisão de lâminas colhidas em Marechal Thaumaturgo, o que é feito por amostragem. O coordenador interino da Vigilância em saúde de Cruzeiro do Sul, Hélio Cameli, informou ao município de Thaumaturgo, o resultado e a necessidade de tratar a família.


O coordenador da Vigilância Epidemiológica de Thaumaturgo, Elinaldo Oliveira, confirma a falta de profissional capacitado para a detecção da Doença de Chagas e diz que o município não dispõe de estrutura adequada de trabalho. “Inclusive o restante da família foi diagnosticado porque como os dois já tinham sido, e o procedimento é coletar de toda a família, fui pessoalmente lá na casa da família, no interior do município e fiz a coleta de todos, confirmando o diagnóstico dos dois e de mais 3, descartando do pai e de uma das crianças. Sempre tomamos todos os cuidados necessários com nossos pacientes, mesmo nosso município não dando as condições necessárias”, conclui.


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