O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) tem como missão produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo e é considerado estratégico para as ações de combate à corrupção.
No início de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro transferiu o COAF para o Ministério da Justiça.
O órgão teve papel decisivo nas investigações da Lava Jato e era apontado por Sérgio Moro, atual Ministro da Justiça, como essencial para cumprir com sua promessa de combate à corrupção no país.
Mas em votação no plenário, os deputados federais decidiram nesta quarta-feira, 22, que o órgão sai do controle do Ministro da Justiça e volta a ser controlado pelo Ministério da Economia.
A votação foi apertada e a diferença foi de apenas 18 votos e a bancada acreana ajudou muito na decisão.
Dos 8 deputados federais do Acre, apenas Mara Rocha (PSDB) votou pela manutenção do COAF no Ministério da Justiça. Flaviano Melo (MDB), Vanda Milani (SD), Perpétua Almeida (PCdoB), Jéssica Sales (MDB), Jesus Sérgio (PDT) e Manuel Marcos (PRB) votaram contra a permanência do órgão sob o controle de Sérgio Moro.
Em reunião da bancada acreana, Mara Rocha já havia afirmado que votaria pela permanência do Coaf no Ministério da Justiça. “Essa decisão foi equivocada e precisa ser corrigida em plenário, pois compreendo que só conseguiremos enfrentar a corrupção se contarmos com inteligência financeira. Se queremos encontrar, rapidamente, indícios de corrupção, a solução é deixar o COAF sob a alçada do Ministro Moro. Defenderei e votarei para que o órgão permaneça com o Ministério da Justiça”
Já Alan Rick (DEM) foi o único dos deputados federais do Acre a não votar e aparece como um dos 70 parlamentares ausentes na votação.
A MP agora vai para análise do Senado Federal.