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Votação da reforma mostra que MDB segue dividido entre ser situação e ser oposição

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Apostando todas as fichas em ser o candidato do MDB à prefeitura municipal de Rio Branco ano que vem, o deputado estadual Roberto Duarte (MDB) segue – com aval de Flaviano Melo – liderando a oposição na Assembleia Legislativa do Estado (Aleac), fazendo dobradinhas inéditas com o PCdoB de Edvaldo Magalhães e mostrando no cenário político as vísceras de uma sigla dividida entre ser situação e ser oposição no governo de Gladson Cameli.


Pela votação da reforma administrativa na tarde de ontem (21), o Palácio Rio Branco passou a ter certeza de que pode contar como base do MDB na Aleac, apenas a deputada Antônia Sales. Ela é do grupo do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales que conta ainda com a deputada federal Jéssica Sales (MDB-AC).


Junta-se a ala governista um outro grupo dentro do partido liderado pelo deputado federal Flaviano Melo (MDB-AC). Maria Alice que após a reforma assumirá as pastas de planejamento e administração e, ainda, Eliane Sinhasique, do empreendedorismo e turismo, são indicações de Flaviano Melo que detém outro aliado de primeira hora na Fundação de Tecnologia do Acre, Pádua Bruzugu e outras nomeações no terceiro escalão de governo.

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Flaviano fez intervenção na eleição da executiva municipal do partido, aclamando o nome de Roberto Duarte para o cargo e ainda, apadrinhando sua pré-candidatura à prefeitura de Rio Branco.


A benção do padrinho foi como uma dose de Red Bull nos planos de Duarte que rapidamente começou a trazer novos aliados para o seu grupo, um deles, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre, José Adriano que sonha em ser candidato a vice-prefeito e que faz oposição ferrenha ao governador.


Após a votação tensa da reforma administrativa e com Duarte liderando o bate-boca nas comissões, o governador Gladson Cameli passou a sofrer forte pressão pelas redes sociais para reavaliar a estrutura oferecida ao MDB de Flaviano Melo.


No cenário nacional a postura do MDB é encarada com naturalidade, a divisão de grupos no partido acontece desde o ex-presidente FHC. Mas no Acre, mesmo com subgrupos o partido sempre foi em bloco de oposição.


Silencioso diante do cenário conturbado do início de gestão de Cameli e olhando para 2020 com o objetivo de manter o controle da máquina partidária e a lealdade eleitoral de prefeitos que dependem de repasses federais, Flaviano finge que nada acontece.


Para a plateia, Duarte jura que é oposição, mantém apenas uma postura firme de quem tem caráter para atuar no parlamento.


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