A maioria dos deputados da Assembleia Legislativa aprovou a reforma administrativa proposta por Gladson Cameli que aumenta o número de cargos comissionados e também secretarias na máquina estadual. A votação ocorreu na tarde desta terça-feira, 21, após os parlamentares passarem mais três horas reunidos nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Orçamento e Finanças COF).
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FOTO: SÉRGIO VALE
Apesar dos 23 deputados da casa terem votado pela aprovação da Reforma como um todo, um acordo nas comissões trouxe o artigo 43 da proposta para votação no plenário, em destaque. Com isso, os oito deputados Roberto Duarte, Edvaldo Magalhães, Jenilson Leite, Fagner Calegário, Daniel Zen, Jonas Lima, Meire Serafim e Maria Antônia votaram contra o item, mas foram vencidos pela maioria da base governista que deteve 15 votos a proposta.
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Principais beneficiados com a criação de 450 novas CECs, 10 secretarias adjuntas e mais 52 cargos no terceiro escalão que envolvem diretorias e chefias de departamentos, a maioria endossou a proposta governamental. Com a aprovação, os cargos comissionados saltam de 900 para 1.350 CECs e somam-se aos 168 cargos do terceiro escalão, totalizando mais de 1.528 cargos da administração direta.
Contra a reforma, o deputado Roberto Duarte (MDB) revelou que o impacto financeiro total com cargos de confiança será superior a R$ 160 milhões em um ano. “Já que tem dinheiro, vamos apoiar as categorias que querem aumento salarial já que o governo tem recursos para CECs”, argumentou o parlamentar.
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Já o líder do governo, enfatiza que os gastos com cargos comissionados tem sido inferior a gestão passado em R$ 7 milhões por mês. O discurso de Tchê foi reforçado pelo deputado Gerlen Diniz que afirmou que nos governos do PT o gasto com comissionados era superior a R$ 17 milhões, enquanto com a reforma aprovada, o valor chega a R$ 10 milhões.
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Os deputados Daniel Zen (PT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmaram que o número de cargos comissionados, somando com a administração indireta ultrapassa as. 2.300 CECs. Magalhães disse que já que o governo tem dinheiro para pagar comissionados, que pague 50% do décimo terceiro salário já no mês de julho. A indicação do comunista foi avaliada como positiva pelo líder do governo que afirmou que o governo faz contingenciamento, mas que se tiver recurso em caixa, decidirá com a base se o pagamento será feito.
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O deputado Jenilson Leite voltou a reforçar que “o governo rasga o seu plano de governo” ao afirmar que enxugaria a máquina. “O governo não tá inchando não. O governo tá inchando até o caroço do olho. Não foi isso que vocês prometeram para a população”, enfatizou o oposicionista.