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Gladson poderá gastar mais R$ 130 milhões com cargos de confiança

Por
Marcos Venicios

A reforma administrativa encaminhada a Assembleia Legislativa nesta semana deve render nos próximos dias alguns episódios de desgaste para o governo de Gladson Cameli. Apesar de negar que aumentaria o número de cargos comissionados e até mesmo a afirmar durante o seu programa de rádio, em março, que queria acabar com as CECs, o discurso do chefe do Palácio Rio Branco não condiz com a prática até mesmo por recentemente declarar que caso a Reforma da Previdência não fosse aprovada no Congresso Nacional, a partir de junho,decretaria estado de calamidade financeira. Em entrevista exclusiva ao ac24horas, Cameli chegou a cogitar um Plano de Demissão Voluntária (PDV) de servidores públicos.


Levantamento feito por ac24horas mostra que a criação dos novos cargos somados com os já existentes, ultrapassaria os 1.680 cargos, contando com os cargos de confiança também da administração indireta. Com isso, somando salários e décimo terceiro, o Estado poderá desembolsar no prazo de 12 meses cerca de R$ 130 milhões somente com o pagamento da folha dos cargos de confiança.



Com intuito de agradar aliados – leia-se deputados estaduais, donos de partidos, militantes insatisfeitos e também o secretariado, Cameli foi obrigado a ceder criando neste ajuste que será analisado pela Aleac mais de 450 CECs, que somadas as 900 existentes, somam-se 1.350. Somente com as 330 CECs 1, o governo desembolsará mais de R$ 495 mil por mês. Já com CECs (270), o Estado pagará R$ 567 mil. Já com as CECs 3, que serão 190, os valores ultrapassarão R$ 532 mil. Com CECs 4 (160 cargos), serão desembolsados R$ 611 mil. Com os CECs 5, que são também 160 cargos, o valor ultrapassará mensalmente R$ 818 mil. Com os CECs 6, que na nova reforma chegará ao patamar de 150 cargos, o valor pago será de 942 mil. Já uma das CECs mais desejada, a número 7, terá 90 cargos disponibilizados e gasto superiores R$ 630 mil, totalizando mensalmente o desembolso de R$ R$ 4,6 milhões por mês somente com CECs e um gasto total em doze meses de quase R$ 60 milhões .


Já nos cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão, são distribuídos no total a soma de 336 cujo os salários variam de R$ 24 mil para secretários e R$ 8 mil para chefes de departamento. O custo mensal da “elite governamental” ultrapassa mensalmente R$ 4,4 milhões, sendo que esse gasto em um ano chegará a R$ 58 milhões, incluindo o décimo-terceiro.


Outro ponto que chama atenção na Reforma Administrativa, são as funções gratificadas que teoricamente deveria ser distribuídas para os servidores de carreira que exercem cargos de chefia. Os valores gastos anualmente será de R$ 16 milhões.



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Marcos Venicios

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