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Governo trava economia e dá título de maior desocupação ao Acre

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Para ACISA, sem nenhuma licitação e investimentos em infraestrutura, Estado vai continuar liderando o ranking de desocupados.


O que já era esperado por setores do comércio e da indústria devido ao travamento da economia por parte do Grupo de Planejamento Permanente Estratégico, o GPPE, liderado pelo Chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, aconteceu. O Acre está entre os três estados com maior taxa de desocupação do Brasil no primeiro trimestre deste ano. O GPPE é quem controla todos os processos de licitações e pagamentos da gestão Cameli.

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FOTO: ASSESSORIA

Para o presidente da Associação Empresarial e Comercial do Acre, Celestino Bento, sem investimentos em infraestrutura, o Estado vai continuar liderando o ranking de desocupados. “Não temos sequer processos licitatórios em curso para que esses investimentos retornem ao mercado e aqueçam a economia” comentou Celestino.


Empresários ouvidos pelo ac24horas reclamam da falta de dinheiro circulando no comércio e a desconfiança com os rumos que serão dados à economia do Estado. “A tendência é que mais empresas fechem as portas. Não existe nenhuma expectativa, o Acre segue sem rumo econômico” disse Luiz Costa que é do ramo de alimentação.


Maria Francisca, da área de confecções, disse que até mesmo a saída mais comum, nesses casos, o empreendedorismo ou a informalidade “sofre com receio dos trabalhadores. Muitos estão aguardando o rumo que será dado ao Estado”, acrescentou Francisca.


FOTO: SÉRGIO VALE

Deputados que asseguram independência política cobraram durante toda semana na Assembleia Legislativa, maior transparência da equipe econômica com relação os recursos recebidos nos primeiros quatro meses. Fagner Calegário chegou a afirmar que o saldo nas contas públicas ultrapassa os R$ 700 milhões sem que nenhum investimento tenha sido anunciado.


O deputado Edvaldo Magalhães vem alertando o Palácio Rio Branco para a situação de travamento econômico. O comunista culpa decretos governamentais que regulamentam as licitações e a redução das comissões licitatórias como pontos mais agudos responsáveis pela paralisia da máquina pública e ausência de investimentos.


FOTO: ASCOM

Ao protocolar o ajuste da reforma administrativa essa semana na Assembleia Legislativa do Acre, Ribamar Trindade falou sobre a necessidade de destravar setores técnicos e até da inexperiência administrativa na gestão, mas negou que a economia esteja travada.


“Nós precisamos em algumas secretarias dar um aporte maior para que os trabalhos andem de uma melhor forma. O enxugamento na Lei da primeira reforma engessou os gestores, mas isso não foi precipitação, faltaram informações mais estruturais na transição” argumentou Trindade.

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Os dados com relação à desocupação são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, IBGE. Cimar Azevedo detalhou para Agência Brasil que a desocupação no Acre mostra a fragilidade na geração de emprego e renda. Além do Estado do Acre, Amapá e Bahia bateram recorde de desocupação.


A taxa de desocupação do Acre é de 18,3%. Isso significa trabalhadores que estão ocupados menos horas do que poderiam trabalhar, estão desocupados ou desistiram de procurar trabalho, os chamados desalentados, que também atingiram o maior número da série histórica em todas as regiões.


De acordo o instituto, as maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e as menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.


A precariedade da ocupação que vem sendo gerada também aparece nos dados da Pnad, com ausência de empregos com carteira de trabalho assinada.


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