Os resultados preliminares de um estudo que embasa o pedido do setor florestal de revisão da Resolução 411 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) sobre a classificação dos produtos florestais bem como do Índice de Conversão Volumétrica (CRV) estão sendo apresentados ao público-alvo. Neste fim de semana, agentes do Ibama e industriais do Mato Grosso recebem as informações. A iniciativa é aprovada pelo Estado do Acre, que há anos atua para facilitar a identificação e a qualificação das espécies florestais.
A demanda do setor florestal de alteração é antiga pois a interpretação da resolução, durante a fiscalização, tem gerado diversos problemas, como a apreensão de cargas e até a responsabilização criminal dos empresários.
A pesquisa sobre o tema está sendo conduzida pela professora Tatiana Paula Marques de Arruda, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Os resultados comprovam que há perdas mínimas de volume, para os diferentes tipos de produtos obtidos a partir do desdobro de uma tora, considerando as diversas espécies florestais estudadas, garantindo a sustentabilidade e otimização da madeira. Com isso, fica descartada a preocupação dos órgãos ambientais de que no processo de transformação dos produtos há quebra na metragem cúbica com sobra de créditos que poderiam contaminar a cadeia produtiva.
A proposta do setor florestal é abolir o uso de termos muito específicos para a classificação dos produtos de origem florestal, criando grupos mais gerais o que tornaria a fiscalização mais eficiente ao conferir as espécies e a metragem cúbica das cargas. Além do Acre, iniciativa tem o apoio dos estados do Pará, Rondônia, Amazonas, Roraima entre outros, que se destacam na produção e comercialização florestal no país.