O governador Gladson Cameli (Progressistas) disse em entrevista coletiva após um café da manhã com deputados, que “agora a coisa vai” e que ficou acertado que “quem tá, tá e quem não tá, não tá”. O trocadinho foi a forma de o governador explicar um pleno alinhamento que segundo ele ficou acertado com os 14 deputados que formam a base do governo na Assembléia Legislativa do Acre.
O encontro, na Casa Civil, durou mais de quatro horas e foi fechado para a imprensa. De bom humor, Cameli confirmou que o deputado Luís Tchê (PDT) será o novo líder do governo na Aleac e que o ex-deputado Ney Amorim, que atualmente é secretário extraordinário, irá comandar a articulação entre governo e os deputados.
Gladson disse aos jornalistas que “houve choradeira e pedido de cargos”, mas que o objetivo era alinhar o trabalho. Ele, inclusive, afirmou que na próxima segunda-feira, 10, estará reunindo secretários para abrir canal direto com os parlamentares da base.
Sobre a Reforma da Previdência e eventuais protestos ocasionados por apoiar a medida, Cameli disse está preparado “para tudo”. “Quem não deve não teme”, pontuou. Ele enfatizou que caso a Reforma não seja aprovada, o Estado do Acre terá que decretar Calamidade Financeira. “Não temos como arcar com essa conta. Todos os meses temos que desembolsar R$ 40 milhões. Só esse mês tivemos que pagar 10 milhões de dólares para amortização da dívida”, revelando ainda que espera a confirmação da agenda do presidente Jair Bolsonaro em Dallas, nos Estados Unidos, para ir com ele cumprir cumprir compromissos internacional em busca de novos investimentos.
Ainda em seu pronunciamento, o chefe do executivo aproveitou para cutucar os órgãos fiscalizadores. “Meu governo tem pouco mais de 4 meses e já estou sendo questionado, isso é bom. É da democracia, mas queria que esses órgãos também tivessem esses mesmos critérios com as gestões passadas do Estado”, alfinetou.
Cameli voltou a garantir que mandará nesta sexta-feira, 10, a Reforma Administrativa para apreciação dos deputados estaduais, acrescentando que a proposta visa estruturar algumas secretarias, sem criar novos cargos ou gastos. “Eu estou extinguindo os cargos de assessores especiais justamente para pegar os valores desses cargos e distribuir na formação de força de trabalho das secretarias”, informou.
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