“Luis Carlos, esse pessoal pensa que eu tenho a cara de besta! Eu me faço de besta!”. A frase foi dita pelo governador Gladson Cameli na última entrevista que me concedeu ao comentar o movimento dos partidos lançando candidatos a prefeito sem uma conversa prévia com ele. “Eu fico só olhando! A sucessão municipal na capital passa pelo meu gabinete, não vou apoiar ninguém cujo nome não passe por mim”, completou. Não falou isso por falar. Besta é quem de forma infantil olhou de soslaio e não levou a sério a sua declaração feita á coluna, de que disputará a reeleição. Foi uma pedra bem colocada no tabuleiro da sucessão estadual de 2022. No momento em que fala que sairá para a reeleição, breca o debate antecipado entre os partidos aliados. E quando lança o vice-governador Major Rocha (PSDB) para prefeito também manda outro recado de que o candidato á PMRB sairá da sua escolha. Não interessa como o governo esteja no próximo ano, o Rocha, apoiado pela máquina estatal será um nome muito forte. Some-se a isso que o Rocha tem ainda luz própria e ajudou a eleger a irmã Mara Rocha (PSDB) a mais votada deputada federal. Mas parece que, o Rocha não está muito propenso a ser candidato a prefeito. Sobre o Cameli, não minimizem alguém que já foi deputado federal, senador e agora governador, não se chega a estes mandatos sendo besta ou tendo a cara de besta. De besta não tem nada! Aliás, nem o Gladson e nem o seu vice o Major Rocha.
MINORU NEGA FILIAÇÃO, MAS CONFIRMA PRESENÇA
O professor Minoru Kinpara negou ontem de que, durante o café da manhã de hoje na sede do PSDB, fará a sua filiação no partido e tampouco irá se declarar candidato a prefeito de Rio Branco. Falou ontem que estará presente no PSDB, apenas para atender convites de amigos, mas sem nenhuma relação política. É o que diz, mas especulações não faltarão. Mesmo porque, desconhece-se essa afinidade com os tucanos. O PSDB ia oferecer um café da manhã apenas pelos seus olhos apertados? Neste tuba tem gato.
NÃO HÁ CONVENCIMENTO
O que se pode dizer da candidatura do vice-governador Major Rocha (PSDB) à PMRB é que, ele não está convencido a abandonar o cargo para se candidatar. O pensamento dominante no PSDB é de que a sigla precisa avançar, mantendo os espaços da vice-governadoria e da Câmara Federal. O PSDB sonha mesmo é com a candidatura de Minoru pelos tucanos, com a benção do governador. E numa composição com o PSD, PROGRESSISTAS e DEM.
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
O comentário acima foi feito ontem à coluna por um dos mais experientes políticos da luta de oposição contra o PT. Considera que, o MDB, ao formar na aliança da oposição na ALEAC contra o governador Gladson Cameli passa a sofrer da “Síndrome de Estocolmo”, aquele em que a vítima se apaixona pelo seu algoz. O MDB tem secretarias no Estado e na ALEAC é oposição. Está hoje integrando um bloco de oposição ao governo com o PT e PCdoB.
ESTÁ DESAPRENDENDO, FLAVIANO MELO?
A pergunta acima, eu faço ao presidente do MDB, deputado federal Flaviano Melo, com a complementação: você acha mesmo que o Gladson sofrendo toda sessão na ALEAC pancadaria forte do deputado Roberto Duarte (MDB), contra o governo, vai lhe apoiar para a PMRB?
SÓ SE FOR MASOQUISTA
Na política, velho lobo Flaviano Melo (MDB), ninguém alimenta o algoz, só se for masoquista.
PIADA DE PORTUGUÊS
É a típica conversa mole para fazer o boi dormir a declaração do deputado Gerlen Diniz (PROGRESSISTAS) de que deixou a liderança do governo por ter sido “demitido” pela imprensa e o Gladson não ter negado. Gerlen aproveita e conta outra piada de português.
CARGO Á DISPOSIÇÃO
Na verdade a imprensa não fez nada mais do que noticiar fatos. O deputado Gerlem Diniz (PROGRESSISTAS) foi quem procurou o deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS), quando respondia pelo governo, para entregar o cargo e foi pedido que esperasse a volta do Gladson.
FALTA-LHE EMPATIA
O deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTAS) é bom tribuno, qualificado, mas faltava-lhe a empatia que o exercício do cargo de líder do governo exige de dialogar com os colegas de bancada. O Diniz não conseguiu aglutinar a base do governo, foi isso o que aconteceu.
ERRO DE AVALIAÇÃO
A direção do MDB comete um erro de estratégia política imenso ao deixar o senador Márcio Bittar (MDB) ao largo do poder decisório do partido. Com sua experiência em montar chapas para a disputa eleitoral, ele teria muito a acrescentar no debate sucessório para a PMRB.
POLÍTICA EM RANÇO
Na política, não se quebram as pontes, mas se cisca para dentro. O senador Márcio Bittar (MDB) também mostra que política não se faz com ranço, ao relevar a briga que teve na campanha com o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, ao destinar agora 4 milhões e 500 mil reais de emendas á Prefeitura.
VIROU O JOGO
O secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, vinha sofrendo uma pauleira forte dos deputados na Assembléia Legislativa. Foi lá, conversou com todos, fez uma agenda com as reivindicações e passou a ser elogiado nos bastidores pelos que o criticavam. Nem doeu!
CAFÉ POLÍTICO
O PSDB estará oferecendo hoje aos seus militantes um café da manhã, que terá como um dos ingredientes declarações sobre o convite do governador Gladson Cameli ao vice Major Rocha para disputar a PMRB. Os tucanos são hoje uma força política importante no Estado.
SACADA PARA OS JOVENS
O governador Gladson Cameli não tem como não transformar em projeto de lei e enviar para a ALEAC, a sugestão feita pelos participantes do programa Jovem Parlamentar, de que nos contratos do governo com as empresas, estas abram vagas para os jovens aprendizes.
TIRA O JOVEM DA OCIOSIDADE
A sugestão, que foi transformada num anteprojeto pelo deputado Daniel Zen (PT), mas que só poderá virar lei se for para a ALEAC por iniciativa do governo, é importante porque vai tirar muitos jovens da ociosidade e ainda gerar emprego, num Estado lotado de desempregados.
A SABEDORIA ESTÁ NA VELHICE
A senadora Mailza Gomes (PROGRESSISITAS) conseguiu que, em Senador Guiomarda seja implantado o Programa Viver – Envelhecimento Ativo e Saudável, do Ministério dos Direitos Humanos. O programa promove debates, cursos, palestras, alfabetização de idosos, inclusão tecnológica, objetivando ainda inserir os idosos na era digital. A sabedoria está na velhice.
DATA-CONTROL
Pesquisa feita pelo instituto DATA-CONTROL em vinte municípios acreanos aponta um reconhecimento majoritário da população de que houve uma melhoria na área de segurança pública. Os números realmente caíram, mas têm que cair mais para chegar ao teto ideal.
ACERTANDO PONTEIROS
Aos poucos, a base de apoio ao governo vai aparando as suas arestas. Ontem, voltou a se reunir num café da manhã, com o clima bem já mais calmo. Faltava este tipo de conversa e uma maior aproximação dos deputados com o governador Gladson e o seu secretariado.
NENHUM IMPACTO FINANCEIRO
O anteprojeto do vereador Emerson Jarude de que seja concedida aos idosos e deficientes a gratuidade nos estacionamentos e acabar com a renovação do documento de identificação, deveria ser acolhido pela prefeita Socorro Neri e enviado em forma de projeto de lei à Câmara Municipal de Rio Branco. O impacto financeiro seria pequeno e teria relevância social.
É MUITA VAGABUNDAGEM!
Por isso é que em todas as pesquisas a classe política aparece sempre em último lugar no quesito credibilidade. Os deputados da lava-jato querem tirar o COAF e a pasta da Segurança do Ministério da Justiça. E assim, diminuir a ação rápida do ministro da Justiça, Sérgio Moro. É a
revolta contra Moro, que mostrou que com ele, acabou a máxima que no Brasil só se prende pobre e puta. As reações políticas foram uma reação da turma da Lava-Jato e seus aliados.
CAMINHA NESTE SENTIDO
Tudo caminha para que a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) seja a única da bancada federal acreana a votar contra a PEC da Previdência. Se a PEC não for aprovada vai acabar de arrebentar economicamente os Estados. Seria um desastre para um Estado pobre como o Acre. É que sem a PEC aprovada a economia vai para um buraco mais fundo e leva os Estados. Os outros sete deputados e os três senadores tendem a votar pela aprovação.
AQUI NÃO RESOLVE NADA
Tenho algumas críticas ao governo Gladson Cameli, menos de que ele viaja muito. Tem que estar sempre presente nos ministérios em Brasília, o olho do dono é que engorda o boi. Trancado no gabinete na capital, só recebendo pedidos, não vai trazer dinheiro pro Acre.
DENTRO DO JOGO
Quem estará de uma forma ou de outra dentro do jogo da disputa da prefeitura da capital será o senador Sérgio Petecão (PSD), mesmo porque o seu apoio ao candidato a prefeito é essencial pela votação estupenda que teve na cidade. Isso lhe credencia, no mínimo, indicar o vice da chapa.
FUNTAC EM FRANGALHOS
Observação feita por um funcionário sobre a FUNTAC é a de que parece um órgão fantasma. Logo na entrada se sente a sensação de abandono, onde a principal via de circulação interna está toda esburacada, a maioria dos prédios deteriorados e num péssimo visual para quem chega. Não disseram a que vieram os novos dirigentes. Só mudou as generosas comemorações de aniversários e das fartas guloseimas servidas. A FUNTAC, nos governos do Flaviano Melo e Jorge Viana era um órgão orgulho dos seus funcionários. Hoje, virou um abandono geral.
UMA PERGUNTA QUE NÃO CALA
As estatais não iam ser extintas? Continuam como um grande cabide de emprego.
VOTA A FAVOR
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) diz que vai votar a favor do novo projeto de reforma administrativa que chegará em breve à Assembléia Legislativa. Magalhães tem o entendimento de que, quem deve mensurar o tamanho do Estado é quem governa.
CLAIRE CAMELI
Será a Secretaria de Ação Social. Claire Cameli é filha do ex-governador Orleir Cameli.
MARCHA PARA JESUS, UMA ESPÉCIE DE CARNAVAL GOSPEL
Os evangélicos farão neste sábado a “Marcha para Jesus”, com a espera de um público superior a 50 mil pessoas na avaliação dos organizadores. A Marcha é uma espécie de carnaval gospel, todo mundo dançando e cantando pelas ruas da cidade. Cada um escolhe sua religião.
JURAS DE AMOR ETERNO
Hoje também tem café da manhã do governador Gladson Cameli com a sua base de apoio na Assembléia Legislativa. Devem acontecer juras de amor eterno. E marcar uma nova etapa nas relações entre governo e deputados aliados.
FALTA PAPEL?
Toda semana é anunciado que a nova reforma administrativa, que se trata apenas de um remendo à que foi feita no início do governo, estará chegando para a votação na Assembléia Legislativa. Está faltando papel? Mesmo porque já se sabe que a matéria embute mudanças mínimas, como a volta da Secretaria de Ação Social, a reestruturação do IMC, a fusão da SEPLAN com a Secretaria de Administração e a transformação da Secretaria de Polícia Civil em um Departamento. Quanto mais tempo o governo demorar mais especulação vai acumular.