O movimento estudantil da Universidade Federal do Acre (Ufac) convocou o corpo discente da instituição para se reunirem a partir das 18 horas desta quarta-feira, no Coliseu da universidade. Na ocasião, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) irá abordar a proposta de redução de 30% nas verbas orçamentárias da Ufac, que podem ser cortadas em definitivo pelo Ministério da Educação.
A proposta dos acadêmicos é construir uma mobilização geral dos estudantes em defesa da continuidade das atividades da instituição, ou seja, contra o corte de verbas imposto pelo governo federal. O movimento promete ser pacífico. A mobilização conta com o apoio da parte administrativa e reitoria da universidade.
“Participar dessa mobilização é muito importante para nós, estudantes, porque significa o nosso futuro na Ufac. Temos que lutar pelo nosso direito de estudar e de manter a universidade funcionando”, diz Ana Paula Oliveira, de 21 anos, estudante do curso de Letras.
Os acadêmicos, em consenso com o DCE de diversas instituições, decidiram organizar uma greve geral prevista para ocorrer no próximo dia 15 de maio. A paralisação pretende levantar uma luta estudantil contra a redução orçamentária.
Para o presidente do DCE no campus de Rio Branco, Richard Brilhante, os cortes que a universidade pública vem sofrendo implicam diretamente no funcionamento da Ufac. “Estamos sofrendo uma sequencia de cortes, desde o final do governo Dilma, passando por Temer e agora, mais fortemente, com o atual presidente, Jair Bolsonaro. Isso congela nosso funcionamento e afeta nossas pesquisas, nossos projetos de extensão e, ainda, nosso ensino”, afirma.