O vice-governador Major Rocha aguarda apenas a chegada do governador Gladson Cameli, domingo, para pedir a demissão do Comandante da PM, Coronel Mário César, de maneira irreversível. Rocha teria dito a políticos de que, se a demissão não acontecer lavará as mãos com o sistema de Segurança Pública, que se encontra sob a sua órbita de influência. O fato que seria a gota de água na insatisfação do Rocha foi a nomeação sem discutir com ninguém do sub-Comandante Coronel José Messias, que seria seu adversário declarado dentro da corporação. A manifestação da Associação dos Militares em que pede a saída do Coronel Mário César do comando da PM, não foi um fato isolado, foi gestado em comum acordo e com o aval do vice-governador. Outro ponto que será usado pelo Rocha na conversa que vai ter com Cameli, é que o Comandante não tem tido uma relação afinada com o secretário de Segurança, Paulo César, o que é prejudicial. É mais um abacaxi a cair no colo do governador Gladson, quando voltar ao Acre. Talvez, seja este, o problema mais sério que já enfrentou.
TUDO OU NADA
O vice-governador Major Rocha sempre teve como bandeira política de que a guerra contra os bandidos foi perdida porque os governos petistas não ajudaram de forma suficiente a PM. Agora está no poder. É bola ou burica. Ou resolve este problema da violência ao ponto da população sentir um efeito de tranqüilidade, ou então esqueça cargo majoritário em 2022.
NÃO TEM COMO DESCOLAR
Não tem mais como descolar a sua imagem, que seria a bala de prata para por fim à violência.
NOME E SOBRENOME
Os empresários acreanos que querem a saída do secretário de Agricultura, Paulo Wadt, são na verdade todos ligados à deputada federal Mara Rocha (PSDB), um deles insatisfeito porque na campanha embalou o sonho de que seria o secretário. Na verdade, quem puxa a pressão pela demissão de Wadt tem nome e sobrenome: Mara Rocha. O restante é vento fraco no caso.
OPOSIÇÃO COLOCA TRAVA
Pelos posicionamentos de ontem de deputados de oposição ao governo Gladson Cameli, não será tranqüila a aceitação dos nomes da Leilane Ribeiro para o ACREPREVIDÊNCIA e nem do João Pereira para a ANAC. Pelos discursos de ontem se prevê uma frente de debates duros.
QUEM QUEBROU E A SOLUÇÃO
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), por exemplo, diz que vai puxar no debate com a candidata Leilane Ribeiro, alguns pontos sobre quem quebrou o ACREPREVIDÊNCIA e quais as providências para acabar com a inadimplência do órgão. Tenho fatos a esclarecer, diz ele.
JOGO PARA A PLATÉIA
Neste episódio, a oposição fará mais jogo para a platéia, firula, populismo. Diferente das indicações anteriores, que eram ilegais por os indicados já estarem nomeados, o mesmo não se aplica aos nomes de Leilane Ribeiro e João Pereira, por seguirem os trâmites legais.
TESTE DE FOGO
Será mais um teste para a base de apoio do governo, amplamente majoritária, contra uma oposição minoritária e barulhenta. Se não conseguir aprovar os dois nomes, será uma fragorosa derrota política do Cameli. Com quatro décadas de jornalismo político nunca tinha visto na ALEAC, uma minoria, querer ditar como deve votar a maioria parlamentar.
DUARTE QUER OUTRO NOME
Abrindo o discurso dizendo que não se trata de indicação, mas de “sugestão”, o deputado Roberto Duarte (MDB), que se soma entre os mais críticos parlamentares do governo Gladson Cameli, defende que o governador envie para a apreciação o nome do funcionário de carreira do ACREPREVIDÊNCIA, Francisco Alves de Assis, de quem fala ter boas referências técnicas.
UM TELEFONEMA E UMA RESPOSTA
Liguei ontem para o andar de cima do governo e perguntei se havia a possibilidade do envio de mais um nome para se somar ao da Leilane Ribeiro para apreciação ao ACREPREVIDÊNCIA. A Resposta veio curta e grossa: “Não”. E fulminou: “vindo do Duarte, nem como sugestão”.
SERIEDADE POLÍTICA
O deputado Jenilson Lopes (PCdoB) mostrou em comentário publicado na mídia de que o fato de alguém ser oposição não implica necessariamente em só fustigar o poder. Sobre problemas na UNACOM para o tratamento de doentes com câncer, disse que não se trata de um entrave originado no governo Cameli, mas que vem desde governos anteriores. Seriedade política é assim.
NÃO IMPLICA EM NÃO TER SOLUÇÕES
Claro que isso não implica em não resolver está questão da UNACOM, porque a obrigação, mesmo tendo recebido a unidade sucateada da gestão passada, a solução tem de sair do atual governo. A providência tem de ser para ontem, é emergencial, é uma doença que avança rápido.
NUNCA APOSTE EM BRIGA DE DOIS CAMELIS
A frase acima se aplica à indicação pelo Gladson para presidir a ANAC do João Pereira. O moço sempre foi um dos mais fiéis escudeiros do ex-deputado federal César Messias (PSB), que também é um Cameli. Por isso, nunca aposte em brigas de Camelis, eles sempre se entendem.
CHAPA ÚNICA
O deputado Roberto Duarte (MDB) deverá ter o nome aclamado hoje no MDB, para ser o novo presidente do diretório municipal. O jornalista Wiliandro Derze não conseguiu formar uma chapa para concorrer. Duarte terá a missão de comandar o MDB na eleição do próximo ano.
NÃO SE TIRA O MÉRITO
Não se pode tirar o mérito da escolha, por o deputado Roberto Duarte (MDB) ser um nome em crescimento dentro do partido e se mostrado um parlamentar combativo na ALEAC.
PT DESCARTADO
Ser candidato a prefeito de Rio Branco pelo PT, no próximo ano, está descartado pelo Minoru Kinpara. Também nega estar mantendo conversas com partidos. Disse: “Por enquanto não estou mais conversando com nenhum partido. Demos uma parada nas conversas. É muito cedo para tomar qualquer decisão”. E nada mais disse e nem lhe foi perguntado.
BOLSONARO SENDO BOLSONARO
Não existe nenhuma surpresa nas decisões do presidente Jair Bolsonaro, porque tem sido fiel ao que sempre defendeu na campanha. E tem mais, como Donald Trump; nos EUA, Bolsonaro joga para o seu público. Admiração seria estar executando pautas simpáticas aos petistas.
O QUE MAIS QUER
O que o presidente Jair Bolsonaro quer e trabalha sempre é no sentido de aparecer como uma antítese ao petismo. Quanto mais for criticado pelo PT, melhor para ele, isso é até óbvio.
UM AVANÇO
O deputado José Bestene (PROGRESSISITAS) revelou ontem um dado positivo. O diretor da FUNDAHACRE, Lúcio Brasil, pegou o órgão com duas salas de cirurgias funcionando e hoje, e são sete em operação. Muito do que não se fez na Saúde no governo passado foi pelas fracas gestões.
GASTAR SALIVA
Os debates que estão programando para o Acre sobre a Reforma da Previdência terá tanto influência na aprovação ou não do projeto, como tenho na escalação da seleção brasileira.
O PARLAMENTO É O PARLAMENTO
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) avalia de que a bancada federal do Acre não terá coragem de votar a favor do projeto da Reforma da Previdência. Magalhães, Magalhães, você é do parlamento e sabe bem como as coisas funcionam. E na próxima eleição quem votou ou deixou de votar no projeto, não terá seu nome lembrado pelo eleitor. O que vale na eleição é a verba e não o verbo. Sempre foi e continuará sendo assim. Esse purismo é pura retórica.
COMEÇOU A DERRETER
Trechos da BR-364, como o que liga Sena Madureira à Feijó, começaram a derreter, com o aparecimento de crateras. A denúncia vem de um deputado sério, Luiz Gonzaga (PSDB).
A ARTE DA EXPERIÊNCIA
O ex-deputado Chagas Romão foi um dos que costurou para que o MDB tivesse apenas uma chapa para a presidência do diretório municipal. Ontem, deu inclusive, alguns conselhos para o jornalista Wiliandro Derze, que tentou concorrer, de que na política tem que se aguardar a vez.
QUESTÃO DE HONRA
Pelo que ouvi ontem virou uma espécie de questão de honra dentro do governo, aprovar com todos os votos da base, os nomes enviados para ocupar o ACREPREVIDÊNCIA E ANAC. Seria, como disse ontem um cardeal, uma forma de mostrar à oposição que maioria é maioria.
SINUCA DE BICO
Nesta questão da Polícia Militar, o Gladson Cameli ficou numa sinuca de bico: ou atende o vice-governador Major Rocha e demite o comandante da PM, Coronel Mário César, ou cria um fosso nas relações com o seu vice. Se estivesse na Loteca, eu cravaria seco na demissão. É só um palpite, que pode até não acontecer. Na segunda-feira conheceremos o desdobramento.
DO FUNDO POÇO PARA OS ELOGIOS
Como é que é a política! O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, era alvo de toda sorte de comentários negativos por conta das ruas destruídas. Com a grande frente de asfaltamento que colocou nas ruas, a sua imagem saiu do fundo do poço para os elogios dos moradores.
NÃO FALOU NADA
O vice-governador Major Rocha nega ter entabulado qualquer conversa que teria levado Toinha Vieira a disputar a prefeitura de Sena Madureira. “Não sei se será candidata, até agora não me disse nada”, garantiu Rocha à coluna. Toinha vem de várias derrotas e não é bom.
CANDIDATA DO PEITO
Em relação a Senador Guiomard, o Major Rocha defende Branca Menezes (PSDB) como candidata a prefeita na eleição do próximo ano, tendo o ex-prefeito Celso Ribeiro, cotado para ser o vice da sua chapa.
ASSIM NÃO TOCA O GOVERNO
Passou da hora do governador bater na mesa e resolver o que tem de ser resolvido, mostrar pulso forte, ou vai passar o restante da sua administração apagando um incêndio atrás do outro. E com uma confusão atrás da outra, não tem quem consiga governar na tempestade.
RODRIGO DAMASCENO ABRE O JOGO
Acerca da entrevista da prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino, ao BLOG do CRICA, com referências negativas à sua administração, o ex-prefeito Rodrigo Damasceno, assim se posicionou: “Tenho me mantido afastado dos debates políticos, mas pelo visto os debates políticos, não se mantêm afastados de mim! Vi a nota da prefeita Marilete em sua coluna, alegando dívidas deixadas de 6 milhões de reais! Já estamos no terceiro ano da sua gestão e ela ainda vem falar de dívidas? Nem vou entrar no mérito questionável da dívida deixada (segunda ela), mas em comparação com os 12 milhões de reais que ela deixou em janeiro de 2013, ainda estamos no saldo de 6 milhões de reais que conseguimos pagar em nosso mandato. E sobre as condições das nossas ruas…. Ainda bem que ela não viveu a saga das 13 alagações que passamos em um único ano, sendo uma delas a maior da nossa história! Pois se sem alagações já estamos desse jeito, imagine se tivesse! Não esqueça, Marilete, seu fiscal maior é a população e esta sabe da realidade, mais do que as notas que você possa fazer. Espero que você consiga executar as emendas que deixamos empenhadas, pois se continuar assim, será o único dado positivo de sua gestão!”. Assim, o BLOG DO CRICA abriu espaço aos dois lados dos fatos, como manda o manual do bom jornalismo.
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