Não é de hoje e se tornou praticamente uma tradição na comunicação oficial do Acre a divulgação, com certa dose de entusiasmo, dos índices que apresentam diminuição da violência no estado, principalmente quando se trata de homicídios.
Mais uma vez, a Secretaria de Segurança Pública mostra levantamento que demonstra que os assassinatos no Acre estão diminuindo. A divulgação é sempre com o objetivo de mostrar que as estratégias de combate à criminalidade estão dando certo e não há nada que o acreano deseje mais atualmente que essas estratégias funcionem.
Para a população, não. Raimundo Cavalcante, 61 anos, morador do Alto Alegre, diz que vive com medo. “Rio Branco não é mais uma cidade tranquila faz muito tempo. Hoje a gente vive com medo de ficar até na frente de casa”.
A dona de casa Telma Soares já foi assaltada duas vezes e se diz pouco otimista. “Pelo que eu vejo, tão cedo essa violência não acabar com esse negócio de guerra de facções”.
A verdade é que os dados mostram que os homicídios diminuíram no Acre de janeiro até o último dia 26 de abril, se comparado ao mesmo período do ano passado. A redução em todo o estado é de 23,4%, sendo que 101 pessoas foram assinadas em todo o Acre. O número é assustador, quase um homicídio por dia, mas é menor do que o registrado em 2018 quando 31 pessoas a mais foram mortas.
A maior redução aconteceu no interior. Em Rio Branco, até esta sexta-feira, 26, foram 67 mortes contra 73 no ano passado. Redução de pouco mais de 8%.
Segundo o coronel Paulo Cézar, secretário de segurança pública do Acre, as estratégias adotadas pelo governo estão motivando a redução dos homicídios. “São três eixos que adotamos. A presença do estado a e garantia de ordem no sistema prisional. Outra questão é o cumprimento de mandatos em aberto e o desencadeamento de vários inquéritos. Por fim, uma ação mais presente da polícia militar onde a análise criminal diz que há maior possibilidade de homicídios”
Os números que mostram que o grande desafio em relação aos homicídios se concentra em Rio Branco por conta da guerra de facções, onde seus integrantes têm promovido um verdadeiro banho de sangue.
Prova disso é que abril destoou dos outros meses do ano e apresenta aumento no número de assassinatos.
Até o dia 23 de abril já aconteceram 12 assassinatos em Rio Branco. Número superior ao registrado no mesmo período do ano passado que foi de 10 homicídios.
Para o secretário de segurança pública é a disputa de facções pelo controle do tráfico de drogas na região do Calafate. “Esse aumento residual é resultado da disputa entre dois grupos rivais se enfrentam na busca de dominar o tráfico de drogas na região. Por isso, a partir dessa próxima semana vamos adotar uma série de medidas repressivas, como, por exemplo, um policiamento mais proativo e presente com destacamento de mais policiais em caráter integral, inclusive com o apoio do grupamento aéreo, para aquele região”, afirma Paulo Cézar.
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