No dia 9 de outubro do ano passado, em uma das salas de aula da escola Odilon Pratagi na cidade de Brasileia, a professora Maria Alda Soares Pacheco pediu ao estudante Carlos Alexandre Silva de Freitas, 14 anos, que fizesse a leitura de um texto.
O texto tratava sobre a história de um garoto negro que entrou em uma residência para pegar garrafas para vender. Ao ser confundido com um ladrão, os personagens, achando que se tratava de um assalto, teriam entregue uma determinada quantia em dinheiro que o garoto pegou meio sem jeito explicando que estava no local apenas para pegar algumas garrafas.
Ao indagar os alunos e não ter tido resposta do motivo do personagem do texto ter aceitado a quantia, mesmo não sendo ladrão, a professora repetiu diversas vezes que o personagem, assim como Carlos Alexandre, que também é negro, era burro.
A partir desse episódio, os colegas de sala começaram a praticar bullying e passaram a também chamar Carlos de burro.
A mãe do estudante, Keulen Fontinele da Silva, só soube do que aconteceu em sala de aula porque o filho passou a ficar triste e optou por se excluir na esperança de que a situação não perdurasse, fato que não aconteceu.
Keulen resolveu procurar a direção da escola e solicitou que uma providência fosse tomada. Como nada foi feito, a mãe decidiu registrar um boletim de ocorrências na delegacia de Brasileia.
Todas essas informações estão relatadas em uma ação de indenização por danos morais que foi parar na Comarca de Brasileia.
A mãe do adolescente conta que percebeu que algo estava diferente quando o rendimento do filho na escola começou a cair. “O rendimento dele caiu muito. Eu fui procurar saber o motivo e ele contou que tudo que acontecia na sala de aula e que os alunos faziam de errado essa professora botava culpa no meu filho. O limite foi quando ela chamou ele de burro. Eu só quero justiça. O que essa professora fez com meu filho não foi correto”, diz Keulen.
Os advogados que representam Carlos Alexandre e sua mãe pedem na justiça um ato de desagravo e uma indenização a título de danos morais no valor de 20 mil reais.
Na manhã desta quarta-feira, 24, deveria ter acontecido a primeira audiência de conciliação. Como a Procuradoria Geral do Estado não foi intimada, a audiência não aconteceu e vai ser remarcada.
Procurada pelo ac24horas, a professora Maria Alda Soares Pacheco não demonstrou o mínimo interesse em esclarecer os fatos e apresentar sua versão dos fatos, afirmando que irá se pronunciar apenas durante a audiência.
Veja o Boletim de Ocorrência e Ação por danos morais.
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