Malheiro teria pedido “a cabeça” de Raphael Bastos para Eládio

Marcos Venícios Ferreira – Direto de Aracajú-SE

A oficialização da saída do secretário de Planejamento Raphael Bastos, apadrinhado do deputado federal Alan Rick (DEM), que supostamente teria sido motivada devido o então titular da pasta está “emperrando” programas do governo que precisavam avançar, tem um capítulo de bastidores de poder que será contado a partir de agora por ac24horas.

Durante muito tempo, adversários de Cameli alegavam que caso fosse eleito, muitas das ordens para comandar o Acre viriam de Manaus (AM), capital onde reside o pai do governador, o empresário Eládio Cameli. A queda de Bastos do comando da Seplan foi costurada no Amazonas.

Logo após a confirmação da saída de Bastos, circula a informação na Casa Azulada que o Conselheiro do Tribunal de Contas do Acre, Antônio Malheiro, teria ido a Manaus antes dos primeiros 90 dias de governo e pedido “a cabeça” do apadrinhado de Alan Rick a Eládio, pai do governador. Bastos era o único dos supersecretários de Gladson que não havia sido escolhido pelo poderoso Conselheiro do TCE e “jamais teria beijado o anel da lealdade” ou “pedido a benção” dele.

O fato é que Raphael nunca foi engolido pelos ungidos de Malheiro que são a secretária de Fazenda, Semirames Plácido, o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, o controlador-geral, Oscar Abrantes e a Secretária de Gestão Administrativa, Maria Alice, quarteto que detêm grande prestígio com o Conselheiro e cuja as ordens de Gladson passam pelo crivo deles.

Pressionado por Malheiro, Eládio determinou a Gladson que Bastos fosse retirado do time, porém a ordem foi protelada até o início desta semana por pressão do deputado federal Alan Rick, que mesmo usando de sua força, foi engolido pelo poder de influência do pai de Gladson e do Conselheiro.

Para tentar tapar o buraco deixado por Bastos, Gladson deverá indicar interinamente a Secretária Maria Alice como a gestora do Planejamento, o que é bem visto pelos olhos de Malheiro, até que se encontre um substituto, que tenha o aval do Conselheiro.

Para mostrar que é poderoso, Gladson o contemplou não só com “a cabeça” e sim com o corpo todo.