A gestão de Gladson Cameli perdeu 12% de receita no primeiro bimestre de 2019 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), produzido pela Secretaria de Tesouro Nacional. Como compensação, as despesas caíram 7% no período.
Segundo o Tesouro Nacional, a receita corrente líquida caiu de R$ 441,08 milhões para R$ 58,61 milhões.
Nos dois primeiros meses deste ano o Acre não fez investimentos, situação que apesar de ter sido comum à maioria dos Estados, pode estar motivando mudanças no alto escalão do Governo. Se essa não é politicamente uma boa notícia, a elevada poupança em relação à receita corrente líquida -algo em torno dos 84% -é tecnicamente algo que chama atenção. O Acre é o 5o maior poupador entre os Estados. A poupança corrente equivale ao valor das receitas correntes menos as despesas correntes liquidadas: é indicador da autonomia para realizar investimentos com recursos próprios ou, quando negativa, da dependência de operação de crédito para realizá-los em uma publicação bimestral que apresenta as informações fiscais consolidadas de cada ente da República Federativa do Brasil. Congrega as informações da execução orçamentária de todos os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo também o Ministério Público e a Defensoria Pública, e contempla as esferas Federal, Estadual, Distrital e Municipal. A seguir, os dados extraídos dos demonstrativos dos estados e do Distrito Federal relativos ao 1º bimestre do exercício de 2019.
Não foram localizados técnicos do Estado para comentar os dados do Tesouro. Os dados confirmam a política de austeridade financeira da atual gestão: investimentos caem, gastos reduzem e a poupança é vitaminada. Nesse contexto, apesar das perdas, o resultado primário do 1º bimestre deste ano é 51% superior ao de 2018.