A conceituada cerimonialista Izabel Barros é chefe de cerimonial e protocolo do Governo do Estado do Acre. Foi a responsável, inclusive, por toda a organização na posse do governador Gladson Cameli em primeiro de janeiro deste ano.
Funcionária de carreira do Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas do Acre – SEBRAE/AC, Izabel Barros foi cedida por meio de um convênio de cooperação técnica e financeira entre o seu órgão de origem e o governo do estado até janeiro de 2020 com a chamada cessão onerosa, no qual o poder público estadual repassa o valor do salário da cerimonialista que continua sendo pago pelo Sebrae.
Ocorre que documentos obtidos pelo ac24horas, comprovam que Izabel Barros recebeu salários em duplicidade no mês de fevereiro. Além do repasse do governo, referente a dois meses, a profissional consta na folha de pagamento do governo do Acre no mês de fevereiro.
Procurada, Izabel Barros confirmou ter recebido, informou se tratar de um erro por parte do governo e garantiu que o valor recebido de forma indevida vai ser devolvido aos cofres públicos.
“O correto é o governo me pagar apenas uma pequena diferença de pouco mais de mil e quatrocentos reais, que é a diferença entre meu salário do SEBRAE e do cargo que tenho do governo. No mês de fevereiro, houve um erro da SGA e eles não tiveram o cuidado de me pagar apenas a diferença e fizeram o pagamento integral. Quem me conhece sabe da minha seriedade. Na hora que percebi o equívoco, procurei a secretaria e me dispus a devolver de forma parcelada”, afirmou Izabel.
Em documento enviado ao ac24horas, Izabel apresenta cópia de pedido de devolução dos valores que deu entrada no dia 13 de março, endereçado a Guilherme Duarte, chefe de departamento da SGA, onde se compromete a devolver o valor de R$ 9.017,00, não de uma única vez, mas em nove parcelas de R$ 1.001,89.
“Essa é uma denúncia maldosa. Quando vi, chamei um advogado e dei entrada para devolver a partir deste mês o que foi pago equivocado”, afirma Izabel. Ela também não gostou de ser questionada pela reportagem sobre o assunto e ameaçou com processo o autor do texto.
Por considerar que a devida reparação ao bem público não foi feita adequadamente, uma vez que o valor foi feito de uma única vez e a devolução será em nove parcelas, a editoria resolveu tornar público o assunto.