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Diga aos adversários que fico

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Não alcançou o resultado esperado o esforço conjunto da deputada federal Mara Rocha (PSDB), de alguns empresários, como Assuero Verônes, entre outros, para solapar com uma campanha de descrédito na mídia e derrubar o secretário de Agricultura Paulo Wadt. As matérias neste sentido se sucederam na imprensa. O governador Gladson Cameli disse no seu último programa na Aldeia FM, sábado, que o secretário Wadt não só fica no cargo, no qual segue as suas diretrizes ao pé da letra, mas estava autorizado a buscar todas as máquinas do Estado que estão em mãos de agropecuaristas e levar para serem usadas em ações do DERACRE. Outra decisão tomada é que os silos graneleiros e os armazéns, hoje usufruídos por fazendeiros, e não beneficiam do o Estado em nada, deverão ser privatizados. Até que, enfim, o Gladson Cameli resolveu dar um murro na mesa, dizer ser ele quem governa e, como tal, toma a decisão final. Não conheço pessoalmente o secretário Wadt, nem estou interessado, não tenho projeto agrícola, mas se o governador aceitasse a pressão para lhe tirar do cargo sem razões morais passaria a imagem de um governo fraco. E isso ficaria como uma adaga sob sua cabeça até o fim da administração. General forte, exército forte. General fraco, exército fraco. Ponto final.


NÃO TEM DE ESTAR PREOCUPADO


Um governo para dar certo não tem que ficar preocupado com este deputado, aquele empresário, quando vai tomar uma decisão de bem coletivo, nunca vai agradar todo mundo.


IA VIRAR UMA BAGUNÇA


Já imaginaram um governo mudando secretário por pressão a cada três meses? Ia virar uma grande bagunça. Um secretário tem de ser sacado do cargo quando se mostrar incompetente.


CONTINUA ESTAGNADA


A conversa entre o governador Cameli e os médicos da Fundação Hospitalar, acontecida ontem, em pleno domingo, é uma iniciativa a ser registrada como positiva. Mas, na FUNDHACRE, o buraco é mais embaixo: são 10 mil pessoas esperando na fila de cirurgia. E isso
não vai ser solucionado em conversas com os profissionais de Saúde, mas com ações concretas.


PROBLEMA SÉRIO


O governo precisa tornar nulas as nomeações da Mayara Cristine para a AGEAC e do Alércio Dias para o ACREPREVIDÊNCIA. Estão nomeados ao arrepio da lei. Todos os seus atos são nulos de pleno direito. Se não o fizer pode ser denunciado por improbidade administrativa e sofrer uma ação no MP. Na administração pública o coletivo está acima do individual. Olha, o CPF!


MAIS DESGASTE


Mais coerente seria a demissão de ambos. Para não ter problemas futuros. E depois mandasse, se assim entender, os nomes demitidos para serem apreciados pela ALEAC. AGEAC E ACREPREVIDÊNCIA são casos idênticos. Não há como haver duas decisões diferentes na ALEAC. Seria um golpe moral nos próprios deputados, que já votaram contra no caso AGEACRE. Por isso é muito difícil que, o nome do Alércio Dias no cargo venha ser aprovado.


MAIS UMA VEZ


Para quem não leu comentários anteriores da coluna. O que foi apreciado no caso da AGEAC não foi o currículo da indicada, preenche todos os requisitos para o cargo, o que foi analisado e deve ser também com o ACREPREVIDÊNCIA, foi o aspecto legal de passar antes pela ALEAC.


NADA A DESABONAR


Até aqui, nada a desabonar a condução do Legislativo pelo deputado Nicolau Junior (PROGRESSISITAS), tem presidido a mesa diretora como um magistrado nos debates.


NÃO PODE ACONTECER, ROCHA!


O que mais o vice-governador Major Rocha criticou no governo passado foi a falta de apoio para a Segurança e que, por isso, o setor não avançava no combate ao crime. Como uma espécie de donatário da Segurança, não se justifica presos soltos sem tornozeleiras. Devido as dívidas, os fornecedores não liberaram. São mais de 50 presidiários libertados sem controle.


NÃO PODE DEIXAR ACONTECER


A questão da falta de tornozeleiras eletrônicas é grave. Não é um custo astronômico, mas no momento em que a justiça diz que está soltando presos sem esta peça de acompanhamento, isso se transforma numa pauta negativa para o governo na mídia. Não interessa de quem é a culpa. Cai no colo do governador. E deixa o povo com medo. Não há outro enredo para este samba.


ISSO NUMA CAPITAL VIOLENTA


Os números da Segurança são melhores que os do governo passado no mesmo período, mas longe de isso chegar ao povo e este ter uma sensação de paz. Os assaltos aos motociclistas, por exemplo, viraram uma diversão dos bandidos. Nada é mais perigoso que andar de moto na cidade. E continuamos a ter uma capital ainda muito violenta, com muitos assaltos. É real.


TORCENDO A FAVOR


O governador Gladson promete que até julho a polícia vai ser mais ativa nos seus deslocamentos, com a compra de novos carros, motos, e outros equipamentos. Tem se mostrado interessado na solução. Se der certo, ganha a população. Não se torce contra.


SABEDORIA DO SILÊNCIO


Jorge Viana, Marcus Alexandre, Raimundo Angelim – três das mais importantes figuras do PT – cumprem um período de silêncio. No silêncio você encontra mais sabedoria que no barulho. Na política, tem hora de falar e observar. Sair atacando quem mal entrou cairiam no ridículo. Mesmo porque o último governo petista foi considerado o pior dos 20 anos do PT no poder.


CENÁRIO DE 2020


Marcus Alexandre, Raimundo Angelim e Jorge Viana devem participar da eleição municipal do próximo ano, não como candidatos, mas como apoiadores da candidatura do PT. Para valer, como candidatos, o trio tende a ser preservar para a disputa majoritária de 2022.


MAIS PERIGOSO


O nome mais perigoso para a oposição em 2022, seja disputando o governo ou uma vaga de senador, é o Jorge Viana (PT), porque tem votos cativos. Não ganhou, mas teve uma votação grande e num contexto conturbado e que lhe era adverso pela baixa popularidade do PT.


VEREADORA ESFORÇADA


Das três mulheres na Câmara Municipal de Rio Branco a mais ativa nos debates é a vereadora Lene Petecão (PSD). As vereadoras Elzinha (PDT) e Sandra Asfury (PSC), não decolaram ainda.


RESOLVIDO EM DEFINITIVO


As subvenções do Estado às entidades de assistência social como Lar dos Vicentinos, APAE, Educandário Santa Margarida, com a aprovação do projeto do governo transformando as doações em lei, acaba com o atraso nas ajudas financeiras e dá um cunho legal ás liberações.


FOI SINCERO


A sinceridade num governante é boa. Foi o caso do governador Gladson Cameli dizer no seu programa semanal de rádio de que a Segurança e a Saúde não avançaram como esperava. E se não melhorar nessas áreas ao ponto da população reconhecer, a vaca vai para o brejo.


DÓLAR NÃO PERDOA


O vereador Dólar (PSD-Tarauacá) disse ontem à coluna que, a administração da prefeita Marilete Vitorino é a “pior” de todos os tempos. “Ela acabou a cidade, hoje tomada por buracos e na escuridão. Pode ser que venha algo pior, mas não creio e nem quero”, dispara Dólar. Ressalva que seu rompimento é com a prefeita, que apoiava, mas não com o PSD.


NADA QUE IGUALE


O vereador Dólar (PSD) reconhece que a gestão do ex-prefeito Rodrigo Damasceno (PT) deixou a cidade com muitos problemas, mas, pondera de que, nada que possa chegar perto da gestão negativa da prefeita Marilete, que considera um desastre.


DIREITO AO CONTRADITÓRIO


Como sempre procuro dar a versão dos dois lados políticos. Liguei várias vezes para o celular da prefeita Marilete Vitorino, deixei mensagem, mas não obtive resposta. Ainda assim a coluna continua com espaço aberto caso, ela queira rebater as críticas à sua administração.


UMA SACUDIDA


A ALDEIA FM sob o comando do jornalista Jairo Carioca teve uma sacudida na programação, principalmente, no quesito da informação. É uma ferramenta importante na comunicação.


FALANDO DE REBELDIA


Um secretário me perguntou ontem pela manhã num encontro no mercado, qual o motivo do deputado Roberto Duarte (MDB) estar “rebelde”. Fui até descortês; “tem de perguntar para ele”. O fato de ter posições próprias sobre um tema em debate, não encaro como rebeldia.


MAL ACOSTUMADOS


A questão – não é só este governo – mas todos que passaram pelo Estado, de ter a Assembléia Legislativa como um puxadinho do Executivo. Foi assim também em todos os governos do PT.


DEDOS EM FIGA


O senador Márcio Bittar (MDB) disse no início de governo que não indicaria ninguém para ocupar cargo de confiança. Descumpriu a promessa e encheu o governo de parentes e amigos. Agora diz que não vislumbra disputar o governo. Nos dois casos, fez a declaração com os dedos em figa. Só pode! Eu, pelo menos, não acredito numa palavra que disse sobre 2022.


VEM PARA O JOGO


Conheço um pouco de Márcio Bittar (MDB), um dos políticos mais sagazes da aldeia, se o Gladson não disputar a reeleição colocará seu nome no jogo, nunca escondeu que seu grande sonho é governar o Acre. Por isso esqueçam as palavras do Bittar sobre estar fora da eleição de 2022.


PÉSSIMOS CARTÕES POSTAIS


O secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, bem que podia dar uma guaribada na fonte luminosa para colocar em funcionamento, pois, a água virou lodo e criatória de mosquitos da dengue. E a prefeita Socorro Neri dar um jeito na ex-fonte da Praça Plácido de Castro.


AO MESTRE COM CARINHO


Conversando ontem com uma merendeira da PMRB amiga de muitos anos e lhe perguntei como estava o trabalho do secretário de Educação, Moisés Diniz. Resposta melosa: “é a pessoa mais carinhosa que já passou pela Secretaria”. Opinião de uma funcionária humilde.


TRAPALHADA TEM LIMITE


A cota de trapalhadas deste governo era para ter cessado. Passou do limite suportável. Mas parece que insistem! O que o governo tem de se envolver em uma briga paroquial como esta entre a prefeitura, um vereador e um empresário? A direção diz não haver há laudo da FUNTAC, atestando a má qualidade do asfalto usado pela prefeitura nas ruas. Apresentaram um Relatório e vem agora uma Nota mal redigida, confusa, apócrifa, apenas com os timbres do governo e FUNTAC, dizendo que há laudo, mas não há laudo geral. E como assim? Explica-se: quando na metade da desastrada Nota diz que um laudo em determinado trecho não vale para todas as obras da EMURB (o que frisei bem na coluna), mas exclusivamente para onde foi feita a pesquisa. Ou seja: não se pode dizer que todas as obras da EMURB são de má qualidade. Há coisas tão mais importantes que o governo fazer, do que ficar se metendo em querelas pequenas e que não acrescentarão nada à sua administração. É o governo das contradições.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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