O movimento sindical continua mobilizando a sociedade pela rejeição da proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, que muda, para pior, as regras da aposentadoria, apresentada mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional.
Após um encontro ocorrido na manhã desta quinta-feira (4), no auditório do Sinteac, sindicalistas resolveram que, a partir da próxima terça-feira (9), uma barraca será instalada no Terminal Urbano de Rio Branco para o início da coleta de assinatura do abaixo-assinado que pede a rejeição do projeto. O prazo limite para o envio do abaixo-assinado será a segunda quinzena do mês de maio.
A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AC), professora Rosana Nascimento, esclareceu que, além do abaixo assinado, os sindicalistas estarão esclarecendo à população sobre os prejuízos que a proposta trará aos trabalhadores caso ela seja aprovada pelo congresso.
Também ficou definido que cada sindicato estará discutido com sua base o projeto de reforma da Previdência proposto pelo governo Jair Bolsonaro, assim como colhendo mais assinatura para o abaixo assinado.
Rosana Nascimento explicou ainda que já protocolou ofícios na Câmara Municipal de Rio Branco e também na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (ALEAC) para que a pauta da reforma da Previdência seja discutida nos dois parlamentos com a presença dos trabalhadores.
Mudança
Entre as mudanças apresentadas para a “nova” previdência está a redução de benefícios. Pelas regras atuais, assim que o trabalhador completar 65 anos, ele ganha o direito a aposentadoria por idade e tem o direito de receber 98% da sua média salarial. Já pela proposta de Bolsonaro, ele poderá se aposentar com 65 anos, que é a idade mínima exigida aos homens na reforma, mas receberá somente 76%, o que representa uma perda de 22% no valor final do salário benefício.
A luta pelo país
E é justamente para garantir o direito à aposentadoria da atual e das futuras gerações que a CUT, demais centrais e movimentos ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vão rodar o Brasil para colher assinaturas e esclarecer a população sobre a importância de barrar a reforma da Previdência, explica o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Temos o desafio de combater a mentira espalhada pelo governo de que a reforma é necessária. Não é verdade. Essa reforma é para Bolsonaro e [Paulo] Guedes atenderem as cobranças do mercado financeiro”, alertou Sérgio.
Assessoria CUT/Acre.