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Paquerando o Terrorismo?

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Em tempos democráticos, o mais perto que a extrema esquerda no Brasil chegou do terrorismo deu-se com as ações do MST e do MTST. É de conhecimento geral que tais ações foram estimuladas com o aporte de recursos públicos em governos petistas e de que desagradam a quase totalidade dos brasileiros. Fechando-se-lhes as torneiras de dinheiro do contribuinte que lhes sustentam e aplicando-se-lhes a legislação penal já disponível esses movimentos tendem a desaparecer se se recusarem ao cultivo da legalidade.


A outra vertente que se aproxima do terrorismo é infinitas vezes mais perigosa de que o MST/MTST. Trata-se das facções criminosas responsáveis pela maioria dos mais de sessenta mil homicídios registrados anualmente no Brasil, a esmagadora maioria dos quais, mais de 90%, sem identificação de autoria.

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Essas facções criminosas capturaram parte significativa das funções do Estado brasileiro e seguem em florescente crescimento tornando a insegurança pública o principal castigo imposto aos brasileiros vivos.


É bem verdade que as facções criminosas não se dedicam especificamente ao cometimento de crimes políticos, embora, nos últimos tempos, tenham demonstrado espantoso poderio de fogo, transformando em reféns habitantes de cidades inteiras, por longas temporadas.


Combater e vencer as facções criminosas revelaram-se tarefas bem mais complexas e difíceis de que enquadrar o MST e o MTST nos horizontes da lei. O Estado brasileiro atual está tateando, buscando compreender as necessidades e os mecanismos para enfrentar esse flagelo.


O que parece inquestionável, todavia, é que a situação de segurança pública está muito desfavorável para os brasileiros. Com efeito, por aqui, mata-se mais por ano de que a somatória, em igual período, das guerras ativas pelo mundo.
E o que já é bem ruim poderá ficar ainda pior. É que se estabeleceu no Governo Bolsonaro uma política externa que acaba por provocar a religião muçulmana a partir de uma vertente fundamentalista cristã da lavra do evangelismo neopentecostal; há, também, por parte da atual política externa brasileira, uma tendência patética de imitar e macaquear as opções heterodoxas em política externa do Governo do republicano Donald Trump, a exemplo dessa mudança da capital israelense de Tel Aviv para Jerusalém. PARÚSIA.


O fulcro doutrinário neopentecostal seguido pela Chancelaria brasileira é conhecido como Parúsia e consiste na segunda volta de Cristo, no Fim dos Tempos, quando efetivará o Juízo Final. Jerusalém, a capital do Povo Eleito de Deus, deverá estar una e indivisível ao Governo de Cristo. Judeus e muçulmanos e demais gentios não participarão da cerimônia. É isto que está por detrás da opção bolsonarista.


O Brasil é um país amalgamado por migrantes de todos os lugares do planeta. A miscigenação e a tolerância que tanto incomodam os racistas de todas as espécies e matizes fazem com que, aqui, irlandeses do norte abracem os do sul, coreanos, japoneses e chineses convivam em paz, muçulmanos árabes ou não compartilhem com judeus, católicos “ et allii “ etc.


São relativamente raros os conflitos étnicos e religiosos, pois são limados e pacificados pela boa índole dos brasileiros descendentes de todas as partes da Terra. Pois é esse equilíbrio admirável e invejado pelo mundo inteiro que a política fundamentalista, ideológica e desastrada de Bolsonaro quer mexer, quer destruir.


Em termos econômicos, a opção por Israel ( na verdade, por seu Premiê, Benjamin Netanyahu ) pode ter consequências indesejadas. O comércio bilateral do Brasil com a Palestina e com Israel é mínimo, quase insignificante; e assim perdurará no curto prazo. Já com o conjunto do mundo muçulmano, no entanto, a situação é bem diferente: o comércio é expressivo e de lá provém mais de 20% do saldo da balança comercial do Brasil. Por isso, talvez, os representantes do agronegócio brasileiro estejam tão angustiados, tão aflitos.


Em apenas um movimento incalculado e sem responsabilidade, Bolsonaro e sua Chancelaria deprimiram mais o agronegócio brasileiro de que 13 anos de hostilidade que lhe dedicaram setores dos Governos Lula e Dilma Roussef.


Quem sabe, alguém externo poderia explicar a Bolsonaro e sua Chancelaria de que a duras penas o agronegócio do Brasil chegou à posição de player mundial e de que seu cálculo econômico e decisões de investimento enfrentam as questões das expectativas formadas para o setor. Também vale a menção de que assim ocorre para o conjunto da economia capitalista: a variável independente e essencial ao crescimento são os investimentos; de que essa verdade é assentada desde Smith até Keynes e os modernos; de que Dilma Roussef atirou a economia brasileira em recessão e foi impedida por ignorar esses fundamentos.


Na verdade, a atitude de Bolsonaro lesiva à economia brasileira e contra os interesses dos nacionais é puro crime de Lesa Pátria. E, pior ainda, isso dá-se num momento particularmente infeliz; ocorre num ambiente em que a economia mundial está em desaceleração, ativando sobremaneira os mecanismos de competição nos mercados globais. Os prejuízos podem ser graves e irreparáveis.


Talvez reste aos cidadãos simples e comuns o apego ao desejo de que o Brasil não seja palco de nenhum atentado terrorista; de que a comunidade muçulmana que vive na vizinhança de Foz do Iguaçu/Paraná /Brasil não se altere com as provocações criminosas do Bolsonaro número 3, o Senador Flávio Bolsonaro ( que recomendou ao grupo terrorista “ Hamas “ que se exploda ) e, sobretudo, de que a convivência entre muçulmanos, judeus e cristãos no Brasil continue como sempre foi: respeitosa e fraterna.


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