O momento mais temido pelos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2019) é a prova de redação. A preocupação começa desde a descoberta do tema até a conclusão do texto. Nas edições passadas da prova, era disponibilizada a folha de rascunho, tanto para a redação, quanto para a prova de matemática. Porém, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou novidades para a prova desse ano.
Além das mudanças na diagramação das folhas, foi cogitada a retirada das folhas de rascunho, alegando necessidade de redução de gastos com impressão e folhas de papel. Após manifestações nas redes sociais contra a decisão do órgão e defendendo a importância da folha de rascunho para o desenvolvimento da prova, principalmente no momento da redação, o Inep voltou atrás.
Através do Twitter, o órgão divulgou nota afirmando que a folha de redação será mantida e que será pautada, como de costume. “Não há motivos para preocupações. O rascunho da redação, como já de costume, terá linhas. Ele ficará ao final do Caderno de Questões entregue no primeiro dia de prova”, informa.
O estudante Anderson Almeida defende a permanência da folha de rascunho. “Este espaço é essencial, até mesmo para sabermos se estamos atingindo uma quantidade de linhas considerável, se o desenvolvimento ou introdução ficarão longos”, argumenta.
Fazer o rascunho da redação faz toda diferença pois quando escrevemos um texto pela primeira vez podemos errar, mudar palavras, enquadrar o conteúdo com o tema principal proposto na avaliação e, desse jeito, formatar a melhor versão final. Ter um texto mais limpo e bem elaborado dá ao candidato a possibilidade de obter a nota máxima da prova. “A folha de rascunho possibilita ao candidato fazer esquemas e organizar suas ideias antes de colocá-la em definitivo”, defende a professora de língua portuguesa, Rebeca Alcântara.
Com as mudanças, a folha de rascunho permanece pautada, mas estará configurada no próprio caderno de questões. Por ser um espaço reduzido, é preciso se preparar cada vez mais. “O foco deve se voltar para a preparação de nossos estudantes para escrever bem. Prepará-los para saber articular de forma escrita, com coesão e utilização da norma culta, além de apresentar propostas de intervenção. A sociedade precisa de pessoas cada vez mais informadas e bem formadas. O resto são detalhes”, afirma a professora.
Larissa Mesquita – Agência Educa Mais Brasil
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