A notícia que corria ontem nos bastidores políticos era a de que a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), deixaria o partido para se filiar ao PROGRESSISTAS, por onde disputaria a reeleição, tendo como vice o vereador Joelso Pontes (PROGRESSISTAS). O convite seria do governador. Como conheço o jogo, achei estranho, difícil, problemático de acontecer, por conta das rivalidades regionais. Preferi primeiro checar. A secretária de Comunicação, Silvânia Pinheiro, ligou ao governador Gladson Cameli para saber se teve algum convite da sua parte para a mudanças e este disse que “não”. Liguei para o vereador Joelso Pontes (PROGRESSISTAS-Brasiléia), que considerou as especulações naturais, mas sem nenhum sentido. Deixo de registrar a posição da prefeita por não atender o celular. Mas, dá para se ter a noção de que esta é uma equação que não será montada. Em Brasiléia há uma rivalidade entre o PT e os partidos que fazem oposição à prefeita. E não haveria benefício algum para a prefeita Fernanda Hassem vir para o lado do governo, porque perderia o apoio do PT, que tem peso em Brasiléia, e seria vista como uma estranha no ninho entre os partidos de oposição. Por conta disso tudo, caminha para que a Fernanda venha a disputar a reeleição pelo PT. Outro caminho seria espinhoso. E a oposição à sua administração tenha candidato próprio.
JULGAMENTO QUE MEXE COM A POLÍTICA
A Câmara Municipal de Brasiléia estará julgando na próxima terça-feira se derrubará ou manterá a decisão do Tribunal de Contas do Estado que rejeitou as contas da ex-prefeita Leila Galvão. É um julgamento que dependendo do resultado pode mexer com a sucessão em 2020.
IMPLICAÇÕES POLÍTICAS
O julgamento tem implicações na vida política da ex-deputada Leila Galvão (PT). Com as contas rejeitadas perde a condição jurídica de disputar, por exemplo, a prefeitura de Epitaciolândia e a ALEAC, em 2022. Se os vereadores derrubarem a decisão do TCE, ela ficará livre para disputa.
TENDENCIA É DE DERRUBADA
Pela contabilidade dos votos tudo caminha para a derrubada do parecer do TCE.
LEILA GALVÃO
É uma das políticas mais retas que já conheci na Assembléia Legislativa do Acre.
PRESOS VÃO TRABALHAR
A Juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, assinou ontem um termo de cooperação com o secretário da Infraestrutura, Thiago Caetano, para a cessão de 200 detentos a serem usados para trabalhar em obras do governo, o que ao final vai redundar na diminuição das penas por cada hora trabalhada. É uma experiência que visa a inclusão social do preso. Ficou definido que serão usados presidiários do regime fechado. Experiência que se espera que dê
certo.
CERCADO DE CUIDADOS
Desde que o trabalho destes presos seja cercado de segurança reforçada pode ser uma boa medida, não só para a inclusão social, mas como também diminuirá os custos do governo nas obras. Na gestão pública não se pode ficar na mesmice, mas procurar sempre a inovação.
GRUPO DOS 19
É como vêm sendo chamados os cinco “assessores especiais” – Vagner Sales, Ney Amorim, Élson Santiago, Jairo Carvalho e Nelson Sales, cada um ganhando mensalmente 19 mil reais. Até ai nada de ilegal, existe o cargo. O que virou tabu é saber o que produzem para o governo.
CULPA ZERO
Se não estão produzindo a culpa dos nomeados é zero. É o governo quem deve determinar qual será a área de atuação da cada um dos assessores. Tem cabeça de bagre na lista dos nomeados, mas tem nome competente, que poderia ajudar o governo na articulação política.
DEIXANDO CLARO AOS NAVEGANTES
Para acabar de vez com as dúvidas e os beicinhos: este espaço é aberto a críticas, não é o Diário Oficial do Gladson Cameli, não vou abdicar nunca de apontar erros, de questionar e cobrar este governo. O governista que não gostar, isso é problema dele. Quando reconhecer que há acerto, não terei problema em registrar. Ficamos combinados assim? Então, ta!
GREVE ENCORPADA
A greve da saúde se mostrou ontem muito participativa. Algumas bandeiras aleatórias, mas uma muito forte, a cobrança da promessa de campanha do então candidato Gladson Cameli, de que recontrataria os demitidos do Pró-Saúde e manteria os atuais assim que assumisse.
BASEADOS NUMA PROMESSA
Não há como chamar os servidores do Pró-Saúde de radicais. Cobram uma promessa de campanha, e até o momento não viram um sinal forte vindo do governo de uma solução.
POSIÇÃO CONSCIENTE
Coerente a decisão do comando grevista em não querer permitir a fala na manifestação de deputados que integraram o governo passado na FPA, aliás, o problema vem de lá. Mas, alguns como deputado Jenilson Lopes (PCdoB), com seu jeitinho de padre, furou a proibição e falou.
GENETICAMENTE MODIFICADO
A principal bandeira do PT na campanha foi de que se a oposição ganhasse voltaria o atraso dos salários. Por ironia, acabou acontecendo no fim do governo que defendia. Até aqui tudo pago em dias na nova gestão. O deputado Jenilson Lopes (PCdoB) usa mesmo discurso geneticamente modificado de que, se Saúde for terceirizada, o governo pode não pagar e o gestor parar tudo. Na mesma canoa pessimista, embarcou a deputada Antonia Sales (MDB).
A RECÍPROCA É VERDADEIRA
Por esta tese de Mago Merlin do deputado Jenilson Lopes (PCdoB) e da deputada Antonia Sales (MDB), os serviços podem parar até sob gestão pública, como aconteceram em vários movimentos grevistas na Saúde em várias ocasiões. O risco que corre o pau corre o Machado. O que vale para o Chico vale para o Francisco.
SÓ FUNCIONA NO TRANCO?
Com a promessa do secretário de Saúde, Alysson Bestene, de que não vai cumprir a decisão judicial que manda demitir servidores do Pró-Saúde este mês, houve uma suspensão para negociações. Mas a pauta principal continua: a efetivação dos profissionais do Pró-Saúde e dos demitidos. A greve surtiu efeito paliativo e pode avançar. As coisas só funcionam no tranco.
O ACRE E SEUS TÍTULOS
O Acre se encontra no ranking como um Estado violento. A sua capital aparece como a quarta mais violenta do país. E acabamos de ganhar mais um troféu negativo, o de termos a gasolina mais cara do Brasil. Não é demais já se chegar aos Postos de Gasolina com as mãos para cima.
POLÍCIA NA RUA
Já se vê muitos policiais na parte noturna, nas ruas de Rio Branco. O policiamento ostensivo, não resolve a criminalidade, mas inibe as ações dos bandidos, funciona como uma atuação preventiva. As operações têm prendido marginais, recuperado roubos e apreendido drogas.
NENHUMA AÇÃO CONTRA A BANDALHEIRA
E não se conhece uma ação da bancada federal e nem da justiça para investigar esta bandalheira do aumento constante do combustível, no Acre. Ninguém fiscaliza ninguém. Enquanto isso, os donos dos Postos de Combustível enriquecem. E todo mundo calado.
UMA PERGUNTA DO LEITOR
“Crica, o governador Gladson Cameli tá louco? Está enchendo o governo de petistas! Não botou na cuca que a caveira do seu governo é o sonho do PT? Ainda bem que tem alguém como você fazendo o alerta”. Resposta ao leitor: Quem pariu Mateus, que o embale.
TANTO FAZ
Sobre nomeações no governo Cameli, para mim tanto faz nomear o Sibá Machado como a dona Maroca da Sobral, meu limite é divulgar e fazer comentários. No resto, segue o jogo.
É TANTA IDA E VINDA
E tanta ida e vinda do governador Gladson Cameli que prefiro ver para crer se vai mesmo privatizar os mostrengos como Peixes da Amazônia, Fábrica de Tacos, Fábrica de Camisinhas, os Silos, ZPE e outros. Os fatos me colocaram na tese de São Tomé: é ver para depois crer.
SUBIDA NA POPULARIDADE
Com o HUERB, cujas obras se arrastam desde o governo Binho Marques, sendo concluído em breve, como está sendo anunciado, e venha a funcionar de fato com todos os serviços médicos, o governador Gladson Cameli marcará um ponto importante neste início de governo.
MARCA DA INCOMPETÊNCIA
O HUERB é hoje um símbolo da incompetência administrativa. Para se ter idéia, a obra se arrasta por 10 anos. A sua inauguração mostraria que, com o atual governo a gestão anda.
DIVULGAR BEM
As obras que estão sendo anunciadas pelo governo não devem ser apenas concluídas com qualidade, mas o sistema de Comunicação do governo tem de divulgar bem. Há bandeiras que são importantes como as pontes em Xapuri, em Sena Madureira, e ligando Epitaciolândia e Brasiléia, e a recuperação de ramais. Tem que ser uma comunicação que chegue ao povão.
CIPÓ DE FOGO
O prefeito de Senador Guiomard, Gilson da Funerária, está provando do mesmo cipó de fogo com o qual fustigou o ex-prefeito André Maia, ao responder agora; uma CPI, para apurar denúncias de supostas ilegalidades na sua gestão. Terá direito de defesa, mas é um desgaste.
FICA NO CARGO
A deputada federal Mara Rocha (PSDB) perdeu o seu primeiro round para derrubar o secretário de Agricultura, Paulo Wadt. O governo não estaria disposto a lhe demitir por desentendimentos internos com os tucanos. Está certo. São questões paroquiais pequenas.
POUCAS VAGAS
Pertinente os protestos dos Fisioterapeutas, por a secretaria de Saúde destinar no concurso apenas três vagas à categoria, quando se sabe que a fila é imensa na busca de atendimento por esses profissionais. Um maior número de vagas poderia ter sido oferecido pelo governo.
FECHAR O ANO COM SALDO
Caso aconteça a recuperação dos ramais, as obras abandonadas no governo passado sejam concluídas, as ações na Saúde e Segurança apresentem melhorias que possam ser sentidas pela população, as pontes sobre o Rio Acre em Xapuri e Brasiléia estejam em curso, as rodovias estaduais melhoradas, o problema do Pró-Saúde e dos aprovados nos concursos da PM e Polícia Civil resolvidos, o governador Gladson Cameli pode chegar ao fim do ano em alta. Mas isso é apenas uma hipótese pela qual se torce, mas o tempo é que dirá se vai acontecer.