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Empresas de segurança lucram alto com o aumento da violência

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Leônidas Badaró

Os números são assustadores. Até o dia 26 de março, o Acre registrava 78 homicídios apenas em 2019. Mais de 65% desses assassinatos estão concentrados em Rio Branco.


A principal causa para esse número absurdo de mortes em um estado tão pequeno como o Acre é a guerra entre facções criminosas que teve início em 2016.


E a violência desenfreada não se restringe aos assassinatos. Todos os dias, há o registro de diversos assaltos a furtos na capital acreana. Os alvos preferidos da bandidagem são veículos e residências.


O atual governo, que teve com uma das principais promessas de campanha, o controle da violência ainda não conseguiu passar à população a tão aguardada e desejada sensação de segurança.


O acreano então se vira como pode.


Para ter tranquilidade pelo menos em casa, tem gente apertando o orçamento e investindo cada vez mais em segurança. É o caso do servidor público Antônio Nascimento, que gastou mais de 3,5 mil reais para colocar concertina e cerca elétrica em sua residência. “Era um dinheiro que eu não pretendia gastar, mas foi o jeito. Minha casa já foi assaltada mais de uma vez. Você sai e não sabe se quando volta vai encontrar sua residência arrombada. Sem falar no pânico que é um assaltante com uma arma apontada para a sua cabeça ou para um familiar seu”, afirma.


É aí que entra o único setor que não tem o que reclamar em relação a onda de insegurança. Assim como Antônio, muita gente em Rio Branco está investindo em equipamentos de segurança para residência.


As empresas que trabalham com a venda e instalação de concertina, cerca elétrica e câmeras de vigilância viram o faturamento, em alguns casos, triplicar, depois que a violência cresceu de forma vertiginosa no Acre.


Dejavan Prado é um pequeno empresário que trabalha com esse tipo de serviço. Ele conta que os pedidos aumentaram mais de 80% depois do início da guerra de facções que se instalou em Rio Branco. “Os pedidos aumentaram muito. A gente não fica um dia sem trabalhar.


O aumento nos pedidos atinge tanto os pequenos, que veem seus negócios crescerem, como as grandes empresas.


Adriano Barreto trabalha em uma das maiores empresas de monitoração do Acre e explica que a empresa também aumentou bastante o faturamento. “Aumentou bastante. Hoje, a primeira coisa quando uma pessoa compra uma casa com essa violência que tá na nossa cidade é colocar segurança no local”.


Os serviços mais procurados são a instalação de concertina e cerca elétrica. O investimento não é barato. Se pegarmos como exemplo um terreno medindo 15×30 metros, com um preço médio praticado no Acre de 45 reais por metro, a instalação vai custar cerca de 4 mil reais.


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Leônidas Badaró

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