Já tem mais de dois anos que a aposentada Clotildes Chagas Ferreira, moradora da rua São Sebastião, localizada no município de Mâncio Lima, Região do Juruá, não consegue mais quitar suas tarifas mensais junto ao Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa).
A viúva aposentada mora numa casa pequena, de madeira, com mais três pessoas. A indignação da família é com o valor da taxa de água que vem sendo cobrado há muitos meses. Desde então, o valor mais baixo que chegou para encher uma caixa d’água de apenas 500 litros, foi de R$ 301,19.
Isso fez com que a dívida chegasse a um patamar de pelo menos R$ 30 mil reais. “Enquanto estava vindo um valor mais baixo, ela estava pagando, mas depois que começou a vir mais de 300, aí não deu mais para pagar”, disse um filho da aposentada.
Nos últimos meses, o valor da taxa ultrapassou qualquer limite, cobrando R$ 1.583 e R$ 1.556 na conta de água.
“São muitos talões acumulados durante esse tempo”, garantiu a idosa. A família tentou solucionar o problema junto ao Depasa no município, mas não obteve sucesso. “Não tem como consumir esse tanto de água. Não tem como pagar um valor absurdo desse sendo que não consumimos”, afirmou o filho da aposentada.
Os moradores ressaltam que nem o valor da conta de energia elétrica é tão alto quanto o da conta de água. O ac24horas tentou entrar em contato com a direção do Depasa no Estado para buscar informações sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria, não foram atendidas as ligações.