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Suposta manobra para beneficiar apadrinhados gera revolta na PM

Por
Leônidas Badaró

Atualmente 514 cabos da Polícia Militar do Acre realizam o curso preparatório de sargento. A notícia não é ruim, pelo contrário. Com a violência cada vez mais assustadora e presente na vida dos acreanos, policiais mais bem graduados e preparados nas ruas pode representar um aumento na sensação de segurança com a consequente diminuição nos índices de violência.


Só que uma informação que corre nos bastidores gerou revolta entre alguns militares que fazem o curso.


É que para ter direito a participar da formação é necessário que o PM tenha, no mínimo, 36 meses de graduação de cabo, além de bom comportamento, não está em condenação, além de outros requisitos.


Ocorre que uma manobra, segundo a denúncia, para supostamente beneficiar apadrinhados do atual governo e do Comando Geral estaria tentando propor a alteração na lei para que seja possível fazer o curso de sargento sem ter cumprido o mínimo de três anos como cabo.


O comandante da Polícia Militar do Acre, Coronel Mario César Freitas, respondeu ao ac24horas e negou qualquer prática de apadrinhamento. “Vamos aos fatos. Esses mais de 500 policiais militares que estão fazendo o curso de sargento são da turma de 2009. Ocorre que a lei atual diz que para fazer o curso é necessário ter, no mínimo, três anos de cabo. Acontece que alguns poucos policiais, cerca de 20 mais ou menos, não fizeram, por diversos motivos, o curso à época, que foi de apenas uma semana. O que estamos fazendo, portanto não é nem de longe apadrinhamento. Propomos que a lei, para que esses poucos policiais não tenham sua carreira prejudicada, volte a ser o que já foi antes e permita que o curso de sargento seja feito pelo policial militar após 9 anos de serviço na corporação”, diz.


A denúncia recebida pelo ac24horas diz que o próprio comandante geral esteve no curso e falou para todos os alunos que lá estavam que ele iria fazer de tudo para que isso acontecesse, e em tom ameaçador disse que quem fosse contrário, seja praça ou oficial, estaria indo contra o seu comando.


“Isso é egoísmo de um pequeno grupo. Estamos fazendo tudo dentro da legalidade. Chamei nossa assessoria jurídica e o nosso único intuito é não prejudicar a carreira de policiais da mesma turma. Nossa visão é institucional. Tanto que essa formação de sargento acontece graças a uma intervenção nossa”, destaca o comandante da PM no Acre.


Toda a polêmica é porque o curso de sargento define o restante da carreira policial militar em termos de promoção.


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Leônidas Badaró

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