A dengue se alastra pelo Acre, que tem atualmente a segunda maior taxa de incidência por 100 mil habitantes entre os Estados. Segundo o Ministério da Saúde, são 422,8 casos/100.000 h, número que só perde para o do Tocantins (602,9 casos/100 mil hab.) Diante dessas informações, a pergunta que a sociedade deve se fazer é “será que as pessoas estão tomando os cuidados necessários para evitar os focos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, zika e chikungunya?”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor ação contra o mosquito continua sendo a atuação consciente e permanente da população. Não se deve esperar a epidemia para prevenir. A principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano.
Veja mais dicas:
Manter os terrenos, quintais limpos é dever de casa para todos os dias, inclusive, não basta esperar que o mosquito comece a aparecer para se preocupar com aquele vasinho de planta acumulando água ou com a piscina que está parada em desuso e aberta, pronta para a proliferação do Aedes.
Já em época de epidemia, além dos cuidados com a casa, é importante se preocupar com os cuidados pessoais. Repelentes e inseticidas podem e devem ser adotados na prevenção a doenças transmitidas pelo Aedes – vale lembrar que além da dengue, vírus zika e febre chikungunya também são transmitidas pelo mosquito.
Todos os repelentes são eficazes? De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária os repelentes de pele classificados como cosméticos, devem conter as seguintes substâncias sintéticas registradas, todas permitidas para uso em gestantes.
– IR3535: o uso tópico de repelentes a base de EBAAP (Ethyl butylacetylaminopropionate) a duração da ação dos repelentes que usam esse princípio ativo, como a loção antimosquito Johnson’s, entretanto, é curta e precisa ser reaplicado a cada duas horas. Permitido para crianças entre 6 meses e 2 anos, sob orientação do pediatra.
– DEET: apesar do uso tópico de repelentes a base de dietiltoluamida ser considerado seguro em gestantes, o produto não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. Já para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração do princípio ativo deve ser de no máximo 10% e a aplicação deve ser feita, no máximo, três vezes por dia. O tempo de ação desses repelentes recomendado para adultos (concentração de 15% do ativo), como os produtos OFF, Autan, Repelex, é de cerca de 6h. Já a versão infantil dura apenas duas horas.
– Icaridin: por oferecer o período de ação mais prolongado, os repelentes a base de dietiltoluamida, como o produto Exposis, estão sendo os mais procurados por adultos e gestantes. Com duração de proteção de até 10 horas. O uso só deve ser feito em crianças a partir de 2 anos.
Os inseticidas, ou repelentes de ambientes, contém dezenas de substâncias ativas, em sua maioria piretroides. Mas todos os produtos registrados pela Anvisa, tiveram sua eficácia comprovada para a ação contra o mosquito Aedes aegypti.
Os especialistas do Ministério da Saúde reforçam ainda que:
– Repelentes de uso tópico devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa. A reaplicação deve ser realizada de acordo com indicação de cada fabricante.
– Para aplicação de spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, sempre de lavando as mãos com água e sabão depois da aplicação. Em caso de contato com os olhos, lavar imediatamente a área com água corrente.
No geral, as dicas são antigas e bem simples mas que ajudam a prevenir várias doenças.
Há outras ações importantes que podem ser feitas para enfrentar o mosquito nos municípios do Acre: Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão.
Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.
Recomendações de utilização da água sanitária no combate ao Aedes aegypti
A água sanitária também poder ser utilizada no combate às larvas do mosquito da dengue (Aedes aegypti), mas é importante lembrar que ela NÃO PODE ser utilizada em recipientes usados para armazenamento de água para consumo humano e de animais.
Recomenda-se a utilização de água sanitária pela população nos seguintes criadouros do mosquito da dengue (Aedes aegypti):
Local e Tratamento
Vasos sanitários que não são de uso diário
Adicionar 1 colher de chá (5ml) de água sanitária
Caixa de descarga sanitária que não é de uso diário
Adicionar 2 colheres de sopa (30ml) de água sanitária
Ralos externos (captam água de chuva e de limpeza) e internos
Adicionar 1 colher de sopa (15ml) de água sanitária
Tambores de armazenamento (200 litros) de água não utilizada para consumo humano
Adicionar 2 copos americanos (400ml) de água sanitária
Bromélias, bambus e plantas que possam acumular água
1 colher de café (2ml) para cada litro de água e preencher nos locais onde acumulam água
O tratamento deve ser repetido semanalmente, preferencialmente em dia fixo, de modo a garantir que a solução continue efetiva no combate às larvas.
Essa é uma ação adicional e não exclui as atividades de remoção e proteção dos potenciais criadouros, que são fundamentais para o controle da dengue, chikungunya e Zika
Como efetuar a limpeza de objetos usados para armazenamento de água no combate ao Aedes aegypti?
Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão.
Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.
Agora é lei: Os agentes de combate a endemias que trabalham no combate ao Aedes Aegypti podem realizar entrada forçada em imóveis públicos e particulares abandonados ou com ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local ou no caso de recusa de acesso.
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