A fila de cirurgias da Fundação Hospitalar tem 10 mil pessoas, segundo revelou o médico Ribamar Costa, chefe do Departamento de Assistência da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), durante Assembleia Geral do Sindicato dos Médicos (Sindimed), na noite desta quarta-feira, dia 20, em Rio Branco. O encontro contou com a presença do secretário de Saúde, Alysson Bestene.
Segundo Ribamar, além da fila de cirurgia geral, como por exemplo a retirada de pedra na vesícula, há ainda outra fila de espera por cirurgias ginecológicas, com pelo menos 800 pessoas. Somado, o número de pacientes à espera de procedimentos ultrapassa os 11 mil.
“Nós temos aí uma fila de cirurgia que já ultrapassa as 10 mil pessoas que estão esperando procedimentos que demoram cinco, seis até seis anos para fazer cirurgias. Na área de obstetrícia, são 800 cirurgias que vocês sabem que demora cerca de 40 minutos para fazer”, revela.
Ribamar Costa também comentou aos médicos que há um programa de residência que não funciona como deveria. “Nós fizemos hoje uma tratativa com a Coreme, que tem hoje 84 médicos que estão no programa de residência médica. Os médicos da cirurgia já estão no movimento para fazer greve porque não tem a oportunidade de operar”, pontuou.
A herança, deixada pelo governo do médico Sebastião Viana, evidencia ainda mais a crise pela qual passa o setor acreano. Sem médicos suficientes no interior do estado, a Capital acaba sofrendo sobrecarga com os atendimentos de pacientes que chegam do interior, isso quando eles conseguem viajar para Rio Branco.
“O secretário de saúde recebeu a Fundação com três salas de cirurgia funcionando e quatro paradas. Dai a gente consegue entender porque esse volume de cirurgias. E nós estamos também observando o quadro de médicos que trabalham lá, e alguns tem uma produção significativa, e outros, não”, completo Ribamar Costa.
