Talysson Camilo saiu do Bujari em busca de atendimento na UPA do 2º Distrito. Chegou na unidade de saúde às 11 horas da manhã. Acredite, às 17:45, quase sete horas depois ainda não havia sido atendido.
Com o filho no braço por tanto tempo, Camilo resolveu sentar para descansar em um local, que segundo uma funcionária, não era permitido. Se não fosse o bastante esperar por horas pelo atendimento, o pai ainda foi ameaçado. “O meu filho tá aqui desde 11 horas da manhã, sem tomar banho e sem trocar a fralda. Eu fui lá dentro perguntar se ia demorar, Como tava muito cansado, sentei. Uma funcionária disse que ali não podia sentar e que ia chamar a polícia”, afirma o pai desesperado.
Assim como Talysson, diversas mães e pais com crianças reclamam da demora no atendimento, como é possível comprovar nos vídeos enviados à nossa reportagem.
A revolta é o sentimento compartilhado por quem está há horas esperando atendimento, com os filhos chorando e sem conseguir ser atendido.
Maria Auxiliadora Vitorino, gerente da UPA, confirma que a unidade não conseguiu atender toda a demanda. “Infelizmente hoje não teve médico na UPA da Cidade do Povo e toda a demanda foi represada pra cá. Nossa UPA é a única que tem pediatra em escala. Nosso plantonista trabalhou o dia todo e passou até do horário, mas não tivemos como evitar a demora”.
A diretora explicou que com o plantão de dois pediatras no turno da noite, a expectativa era conseguir normalizar os atendimentos.
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