A eleição para prefeito de Rio Branco só vai acontecer em outubro do próximo ano. Mas, as primeiras pedras começam a aparecer no tabuleiro da sucessão municipal. O ex-deputado Jamil Asfury (PSC) confirmou ontem à coluna de que vai ser candidato a prefeito da capital, em 2020. Argumenta sobre a sua candidatura de que o PSC, seu partido, precisa se tornar mais conhecido e representativo e que, por ser engenheiro, saberá como lidar com os principais problemas da cidade, que permanecem insolúveis a cada administração que passa. Policial Federal, com passagem pela Assembléia Legislativa, Jamil situa a sua candidatura no patamar do “novo na política”, numa linha de contrapor as velhas oligarquias da política acreana. O PSC, segundo ele, deverá também apresentar uma chapa própria para a Câmara Municipal de Rio Branco, onde a sigla já é representada pela vereadora Sandra Asfury (PSC).
BOM PARA O DEBATE
É bom para o debate ter um nome da qualidade do Jamil Asfury (PSC) na disputa pela PMRB.
CONQUISTA A SER COMEMORADA
Nestes poucos mais de dois meses do governo Gladson Cameli, a primeira grande conquista na área econômica foi conseguir em negociação com a Caixa Econômica Federal baixar os juros dos empréstimos de 155 milhões de reais do Estado, naquela instituição bancária, que cairão de 170% para 120%. Num Estado pobre como o Acre, uma redução neste teto, dará uma folga para o governo investir.
JUROS DE AGIOTA
Os juros que o Estado vinha pagando à CEF na gestão passada eram juros de agiotas.
UMA SAÍDA Á FRANCESA
O motivo para o público externo foi de que já tinha cumprido o seu ciclo como líder da prefeita Socorro Neri na Câmara Municipal de Rio Branco. Mas, para o público interno do PCdoB, a saída do vereador Eduardo Farias (PCdoB) da função tem um motivo único: estava “desconfortável” desde que não foi chamado pela prefeita, como seu líder, para discutir a Reforma Administrativa.
AFINAÇÃO ARRANHADA
Mas a afinação entre o PCdoB e a prefeita Socorro Neri já estava arranhada desde que, esta tirou o professor Márcio Batista (PCdoB) do cargo de secretário municipal de Educação. A decisão motivou um protesto público da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB).
O QUE NÃO DÁ PARA ENTENDER
O que não ficou claro nesta história é que para o lugar do Márcio Batista no comando da secretaria municipal de Educação, foi um comunista histórico, da linha de frente do PCdoB, Moisés Diniz. Não deu para entender o protesto. Diniz não foi candidato a Federal para não atrapalhar a candidatura da Perpétua Almeida (PCdoB) à Câmara Federal e nem a deputado estadual para não conturbar as candidaturas do Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Jenilson Lopes
(PCdoB) à ALEAC. O desfecho, no mínimo, foi uma descortesia para com o Moisés. O que vejo.
ORA, ORA, DONA AURORA!
Não sabia se achava graça de forma comedida ou escancarada ao saber da grande decisão do Congresso Regional do PCdoB: “seremos oposição ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador Gladson Cameli”. Novidade seria uma declaração de apoio a ambos. Isso já tinha sido decido pelas urnas. Ora, Ora, dona Aurora!
PERDEU A AULA
O vice-governador Major Rocha não foi à aula do Jardim da Infância da política, na qual foi ensinado que, quem tem mandato não discute com quem não tem mandato. Indo para o popular: o andar de cima não debate com o andar debaixo. No momento em que vai para uma discussão na mídia dá holofote ao Coronel Ulisses Araújo (PSL), que é um candidato derrotado.
TEMPO PARA JULGAMENTO
Este início do governo Gladson teve conturbações na área política, notadamente, com nomeações de petistas para cargos de confiança, o que contraria o seu discurso. Mas no macro não dá para fazer uma avaliação crítica de como será sua gestão em pouco mais de 60 dias.
PRIMO POBRE
Pelo que se deduz das notícias sobre liberações de recursos em altos montantes do Ministério da Infraestrutura para o governo de Rondônia e nenhuma notícia para o Acre é que, entra ano e sai ano e o nosso Estado continua de pires nas mãos e primo pobre do governo federal.
LADO TRISTE DO DESEMPREGO
Além do prejuízo dos empresários com o incêndio de suas lojas no Calçadão, num tempo de crise econômica braba, há também outro lado triste nesta história. É que cerca de 150 funcionários deverão perder emprego em um Estado onde o nível de desemprego é alto.
NANICOS É UMA FRIA
Os reiterados convites ao Minoru Kinpara para que seja candidato a prefeito em 2020, mostram ser um dos nomes mais cortejados para disputar a PMRB. Se for candidato, ou ele disputa por um partido forte e com estrutura, ou pode ser bem votado e perder de novo, caso se aventure por siglas cartoriais, sem nenhuma expressão política e sem tempo de televisão.
PMRB NAS RUAS
O sol abriu e as equipes da prefeitura de Rio Branco já são vistas trabalhando em operações tapa-buracos nas vias que são os chamados corredores de ônibus. Se no verão que se aproxima a prefeita Socorro Neri fizer uma ação forte para recuperar as ruas, sobe na popularidade. É hoje o seu ponto fraco perante a população, na seriedade é irretocável.
COSME E DAMIÃO
Caso o empresário Rico venha a ser candidato a prefeito da capital na eleição do próximo ano, como se divulgou, teremos um clone político do ex-governador Tião Viana na disputa. Rico e Tião viveram em simbiose, nos últimos oito anos da gestão do petista. Foram uma espécie de Cosme e Damião da política.
HOMEM DOS BASTIDORES
Rico foi inclusive o grande coordenador quando Tião Viana foi para o segundo turno, nos contatos para trazer candidatos derrotados a deputado estadual da então oposição, para apoiar o petista. Rico candidato à PMRB, seria a volta do Tião Viana à política.
EQUILÍBRIO NO PODER
Lendo a sua entrevista nas páginas amarelas da última edição da revista VEJA, a conclusão a que cheguei é que o vice-presidente Mourão, além de qualificado, político, é o ponto de equilíbrio no governo do presidente Jair Bolsonaro. Com declarações sempre ponderadas.
SOMENTE NUM CONSENSO
A ex-deputada Leila Galvão (PT) confirmou ontem que de fato recebeu convites de lideranças petistas de Epitaciolândia para ser candidata à prefeita do município, em 2020. Me disse que é uma decisão delicada, que não pode ser de cima para baixo, e que somente dentro de um amplo entendimento de todos os líderes do partido na região e que poderia analisar se aceita.
OUTROS NOMES
Prefeito Tião Flores, que atravessa um forte desgaste na sua administração, Luizinho Hassem e Chiquinho Chaves, são nomes falados até aqui para disputar também a prefeitura de Epitaciolândia, em 2020.
A MALHADEIRA DO PROS
A direção do PROS, segundo informações, trabalha para fortalecer o partido em Brasiléia, inclusive, trazendo lideranças com mandato do PSB, para se filiar ao PROS. E neste contexto, a deputada Maria Antonia (PROS) indicaria o vice da prefeita Fernanda Hassem, na disputa da reeleição. É o que se comenta nos bastidores.
OPOSIÇÃO BUSCA A UNIDADE
Pela parte da oposição, o ex-prefeito Aldemir Lopes tem dito de que, a principal meta da oposição é juntar todas as lideranças partidárias do município, e firmar um grande acordo para que lancem um único candidato a prefeito de Brasiléia. O nome viria numa segunda etapa.
NÃO SERÁ PRESA FÁCIL
Um prefeito não pode ser avaliado se terá ou não chance de disputar com sucesso a sua reeleição nos primeiros anos de mandato. Porque pode ter um início de administração impopular e se recuperar nos últimos dois. Para o eleitor, a última imagem do gestor é a que fica. Com o prefeito Ilderlei Cordeiro em franca recuperação, ele não será presa fácil em 2020.
AFINADOS NA POLÍTICA
As lideranças da associação dos servidores penitenciários partiram na busca do entendimento para afinar os objetivos políticos para 2020. Renê Fontes, Arlenilson Cunha, Betho Calixto e Eden Azevedo, foram candidatos e cada um teve mais de 2 mil votos, totalizando 6.500 votos. A próxima etapa será definir qual deles deve ser o candidato único a vereador pela categoria
DECISÃO ACERTADA
Na política, quem não tem mandato a voz é fraca; é como boi sem chocalho, não puxa manada. A decisão da categoria dos agentes penitenciários de ter alguém com mandato, é acertada. Unidos podem conseguir, separados, é bem mais difícil ter sucesso.
UM NOME DE COMBATE
As redes sociais são hoje uma ferramenta política importante. O governador Gladson trouxe para o seu lado uma peça certa nesta área, onde é um dos mais ativos, e com o diferencial de ser bem informado e não fugir do debate. É o Hedislande Gadelha. Já colocou os petistas nas cordas.
DILEMA QUE MARCA
Marca como ferro em brasa no gado. O dilema dos ex-integrantes do governo passado e que hoje são críticos do governo Gladson, é que eles criticam tudo o que os governos que serviram não fizeram durante 20 anos no poder. Isso tira toda a legitimidade da crítica. E, irônico!
MAIOR ELEITOR
Caso o Gladson Cameli chegue na eleição do próximo ano com a ponte sobre o Rio Acre, que ligará Brasiléia-Epitaciolândia, concluída junto com o Anel Viário, ele se tornará o maior eleitor do Alto Acre. E no candidato que colocar a mão no ombro se tornará muito forte para prefeito.
O OUTRO LADO DO PRÓ-SAÚDE
Existe ou não existe remédio jurídico para salvar as demissões programadas dos funcionários do Pró-Saúde? Há quem diga que não, por já ter decisão transitada em julgado. Vamos ver o lado dos que acham haver uma saída favorável: “Em resumo, o governador Binho Marques não possuía autorização constitucional para criar uma Paraestatal. O motivo é simples; Paraestatal é uma das nomenclaturas dadas para as entidades que compõem o Terceiro Setor, que, por sua vez, são aquelas entidades criadas a partir da organização de pessoas da sociedade civil em torno de um ou vários objetivos em comum, a exemplo da Associação Nossa Senhora da Saúde – ANSSAU, uma OSCIP criada por freiras católicas. Outros exemplos de paraestatais são as Organizações Sociais, o SESC, o SENAC, dentre outros. O que essas entidades têm em comum? Todas foram criadas pela sociedade civil e não pelo Governo, até porque não teria a menor lógica o Governo criar uma entidade governamental. Se o Pró-Saúde não é uma Paraestatal o que deveria ser? Para não alongar a resposta, basta dizer que o PLENO do TJAC, seguindo o voto-condutor da saudosa desembargadora Cezarinete, já se manifestou sobre esse assunto e confirmou, por unanimidade, que, apesar da Lei chamar o Pró-Saúde de Paraestatal, esta entidade é verdadeiramente uma Fundação Pública. E mais: neste julgamento, o próprio PLENO do TJAC afirmou que a Lei do Pró-Saúde é uma Quimera (monstro mitológico composto de várias partes de animais diferentes). Sendo assim, em breves palavras, o Governador havia se comprometido a regularizar essa situação que já havia sido reconhecida pelo PLENO do TJAC. E quanto à mudança de regime jurídico? As Constituições Federal e Estadual determinam que, Fundações Públicas e Autarquias criadas e mantidas pelo Estado do Acre (caso do Pró-Saúde) devem ter o mesmo regime jurídico do Estado, ou seja, estatutário…. Para finalizar a história: os servidores do Pró-Saúde fizeram concurso público; a entidade foi criada e é 100% mantida pelo Estado do Acre; os gastos são fiscalizados pela CGE e pelo TCE, suas despesas são contabilizadas no limite prudencial do Estado; o Superintendente do Pró-Saúde, por força de Lei, é o próprio secretário de Estado de Saúde do Acre e os seus servidores prestam serviços exclusivamente para o Estado do Acre. Não há nada que impeça o Governador a regularizar o Pró-Saúde…na verdade ele tem o dever de corrigir as inconstitucionalidades presentes na Lei instituidora”. Marcelo Neri – Assessor Jurídico do Sintesac.
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