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Um bom dia para honrar e reconhecer nosso feminino

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Nesse dia internacional das duas mulheres, todo meu respeito e reconhecimento às duas mais importantes da minha vida.


À minha mãe, Eli Maria Trindade, porque útero foi minha primeira casa, porque me alimentou, me ensinou a cuidar de mim mesmo e a ser cuidadoso e solidário com os outros.


E à minha mulher, Caterine Castro, porque tem a coragem de expressar a verdadeira força e o real poder feminino, me permitindo reconhecer e reverenciar o feminino dentro e fora de mim. E assim caminhamos e crescemos juntos, respeitando e valorizando um ao outro.

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Mas esse é um dia especial para homenagear todas mulheres, principalmente pelas suas lutas vencidas ao longo da História.


É um dia para reconhecer que nesse modelo de sociedade humana que vivemos, baseado na competição, na dominação e na luta pelo poder os obstáculos são maiores e mais pesados para as mulheres do que para os homens.


Ainda assim, é um dia para celebrar os espaços e o reconhecimento que as mulheres estão conquistando, através de sua capacidade de lidar com todos os desafios humanos, sociais e políticos.


É um dia para honrar o poder das mulheres de gerar vida, de alimentar sonhos, de expressar emoções e de embelezar o mundo.


Também é um dia para os homens refletirem sobre sua relação com as mulheres e perceberem que com respeito e parceria podem crescer juntos.


É um dia para que cada um de nós, seres humanos, possamos perceber que trazemos em no DNA, nas células, nas emoções, no intelecto e no corpo físico o nosso pai e a nossa mãe, um homem e uma mulher.


Que nesse dia, cada um de nós, homem ou mulher, possa abrir os olhos e ver que tem dentro de si tanto os dons de intuição, acolhimento, transformação e doação do princípio feminino quanto os dons de ativação, realização, materialização e expressão do princípio masculino.


E que, talvez, é só porque estamos num mundo cada vez mais materialista e competitivo que tanto os homens quanto as mulheres se desequilibraram internamente e supervalorizaram seu princípio masculino em detrimento de seu próprio feminino. Eles por medo ou por necessidade de provar seu valor, elas mulheres por necessidade de sobrevivência.


O fato é que esse desequilíbrio interno em cada um de nós se reflete externamente num mundo onde o foco e a valorização do princípio masculino é quase absoluto, mas pouco se valoriza o poder do princípio feminino.


E é esse desequilibro a causa das incessantes de lutas por espaços e da necessidade humana de dominação, de guerra, de violência, de manipulação, de mentiras e de sedução.


Então, talvez reconhecer e valorizar o aspecto feminino que há em cada um de nós seja a única forma de remover o véu do medo e da necessidade dominação que nos tem feito olhar exageradamente para o princípio masculino e relegado ao esquecimento o princípio feminino.


Daí que o dia internacional da mulher pode ser o começo de um tempo em que todos nós, homens e mulheres, resgataremos toda força e todo poder que cada ser humano pode acessar através do princípio feminino.

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Um tempo no qual a intuição, a sensitividade, a expressão emocional e vulnerabilidade de mulheres e homens não mais se ocultem nas sombras da vergonha e do medo de serem ironizadas ou julgadas. Que esses dons humanos venham à tona, livres, com toda sua força de transformação e seu poder criativo.
Um tempo em que tanto os homens quanto as mulheres desenvolvam sua capacidade de acolhimento, receptividade e cooperação, percebendo que evoluir juntos é mais poderoso e gratificante que crescer sozinhos.


Que homens e mulheres compreendam que o ser humano só pode construir uma vida criativa, realizadora e harmoniosa se o masculino e o feminino internos se desenvolverem de forma equilibrada e funcionarem juntos.


Que cada pessoa tem o potencial de casar internamente seu masculino e seu feminino, integrando suas capacidades de prazer, de alegria, de criatividade, de lógica, de movimento e de realização.


Que possamos construir um novo tempo, com homens que além de fortes e realizadores também sejam intuitivos e acolhedores, com mulheres que além de criativas e sensíveis também sejam disciplinadas física e mentalmente.


Nesse novo tempo homens e mulheres poderão dançar com harmonia e respeito, um reconhecendo o valor do outro.




 


 


Luciano Trindade – Advogado e Constelador Sistêmico. 


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