Mesmo dando uma das mais expressivas votações ao governo de Jair Bolsonaro, o Acre está fora do plano de investimentos em obras, que foi apresentado na última semana de fevereiro na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal pelo ministro Tarcisio Gomes. Além do Acre, o Amazonas também não foi contemplado. Os parlamentares vizinhos tinham a certeza de que a BR 319, que liga Porto Velho a Manaus -e que interessa muito ao Acre – entraria no plano mas o ministro nada falou sobre a obra. Já em Rondônia, a infraestrutura está melhor atendida pelo governo de Jair Bolsonaro, com previsão de inauguração para setembro da ponte do Abunã -evento que, segundo o secretário de Infraestrutura do Acre, Thiago Caetano, deve contar com a presença do presidente da República -e com a privatização do trecho entre Porto Velho e Comodoro (MT) da BR 364. Comodoro está localizada a poucos quilômetros de Vilhena, na fronteira de Rondônia com o Mato Grosso. Ou seja: o leilão desse trecho irá contemplar 100% o Estado de Rondônia. A expectativa é de investimentos de 8 bilhões de reais ao longo de trinta anos. O leilão está marcado para 2020.
Rondônia está também atendida com as obras de drenagem do Rio Madeira, ainda sem data definida para acontecer.
Na apresentação de 28 páginas, o Ministério de Infraestrutura estimou o investimento de R$ 3,5 bilhões em concessões com aeroportos, deixando apenas três blocos no período de 2019 até 2022, sendo eles o Bloco Mato Grosso: Alta Floresta, Sinop, Cuiabá, Rondonópolis. Bloco Nordeste: Campina Grande, Juazeiro do Norte, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju. Bloco Sudeste: Vitória e Macaé.
O plano do Ministério atende a projetos em rodovias. Com oito trechos a licitar o investimento será de R$ 47,4 bilhões. Também serão atendidas obras em ferrovias com cinco trechos a licitar e investimento de R$ 24,9 bilhões. E, também, 23 terminais portuários com investimento de R$ 3,7 bilhões.
Sem ajuda do governo federal e endividada, a Pasta da infraestrutura, que seria uma mega secretaria, terá dificuldades para implementar os projetos prioritários para o Acre.