Ao que tudo indica o Acre já tem o seu éminence grise (expressão francesa para “eminência parda”). Na prática se trata de um poderoso assessor ou conselheiro que atua “nos bastidores” ou na qualidade não-pública ou não-oficial.
O professor Edinei Muniz, que já foi um dos baluartes da oposição, foi para a Frente Popular e hoje mostra-se “independente” em relação à gestão de Gladson Cameli, não poupa crítica à participação cada vez menos discreta do conselheiro do Tribunal de Contas Antônio Malheiro no governo do Estado.
Em sua página no Facebook, Muniz, afirma que Malheiro ocupa cargo com vedações ao exercício de atividades políticas e que começará a receber questionamentos nos órgãos competentes. “Não pode ser Conselheiro do TCE e ‘tutor’ do governo Gladson ao mesmo tempo”, enfatiza o professor.
Edinei sugere a Malheiro que aposente-se e venha para a política. “De outro modo é inaceitável e será sempre tratado como um Alienigena”.
Ao final de seu comentário, Muniz ressalta que o serviço que Malheiro oferece a Gladson ultrapassa o aconselhamento institucional. “Aconselhamento institucional é uma coisa. E é aceitável e necessário. Mas a participação em decisões políticas, com o agravante de ser a última voz ou voz de ‘chancela’ ou ‘aval’, é absurdamente inaceitável e tal postura será duramente contestada. E com um outro agravante, já que me parece que o mesmo é o Corregedor do TCE. E ainda há um último agravante: ESTÁ DESMORALIZANDO O GOVERNO GLADSON em razão da sua notável incapacidade política. Tão Acre!”, pontua.